Terceiro maior colégio eleitoral do Brasil, com 1,99 milhão de eleitores, Belo Horizonte teve 588 mil abstenções no primeiro turno das eleições municipais deste domingo (06). O número representa 29,54% do total de eleitores da capital mineira e segue uma tendência de crescimento de eleitores que abrem mão do voto, crescente desde 2004.
O número de abstinentes também é o maior desde 1985, na primeira eleição direta desde o início da ditadura militar, e de 2020, quando, na pandemia, 28,34% não foram às urnas.
Confira o índice de abstenções nas eleições de BH
1985: 14,56%
1988: 8,71%
1992: 1º turno - 12,01% | 2º turno - 14,44
1996: 1º turno - 15,93% | 2º turno - 18,69%
2000: 1º turno - 14,12% | 2º turno - 15,5%
2004: 15,08%
2008: 1º turno - 16,85% | 2º turno - 17,78%
2012: 18,89%
2016: 1º turno - 21,66% | 2º turno - 22,77%
2020: 28,34%
2024: 1º turno - 29,54%
Além disso, Belo Horizonte teve 70.263 votos nulos, o que corresponde a 5% dos eleitores. Outros 66.228 votaram em branco e correspondem a 4,72% do eleitorado da capital.
Média nacional
Belo Horizonte ficou acima da média nacional em relação ao número de abstinentes. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no país, 21,71% dos eleitores não foram às urnas. No país, a abstenção cresceu se comparada com a das eleições municipais de 2016, quando 17,58% dos eleitores deixaram de votar, mas diminuiu em comparação com 2020 - ano da pandemia - quando o índice foi de 23,5%.
“Nós tivemos um índice de abstenção que continua alto para os nossos padrões”, lembrou a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE.