O prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição,
A
O relatório de 2014, entretanto, não inclui o nome de Fuad como um dos 377 apontados como responsáveis por crimes na ditadura.
Além desta ação, os advogados do prefeito também ingressaram com outra queixa-crime contra Duda, mencionando o debate realizado na TV Alterosa. Na oportunidade, a candidata acusou Noman de firmar “contratos suspeitos com a ‘máfia do transporte’”.
As ações pedem que a Justiça Eleitoral avaliem o foro adequado e que a candidata responda pelos crimes de calúnia e difamação, previstos no Código Eleitoral.
Em agenda neste sábado (5), Fuad afirmou que a adversária está “desesperada”.
“Acho que as pessoas precisam ter respeito com a história dos outros. Eu nunca ataquei nenhum candidato, respeito todos eles. Estamos em uma disputa eleitoral para discutir problemas de Belo Horizonte. Agora, falar uma coisa que eu poderia ter feito quando tinha 18 anos e era recruta? Imagina quantos e quantos soldados passaram pelo 12º? Quer dizer que todo mundo é torturador? É uma mentira deslavada. Eu nunca participei de nada, ela sabe disso, tá certo? Aquilo é um golpe eleitoreiro para tentar chamar a atenção, porque ela está vendo que as pessoas estão mudando de voto, trazendo para nós. O pessoal da esquerda vindo para o voto útil, e ela, desesperada, porque está perdendo espaço, começa a atacar para ver se isso volta, só que isso é pior”, afirmou o Fuad.
A Itatiaia procurou Duda Salabert que, em nota, afirmou que os fatos são comprovados por entrevistas e falas do prefeito.
Confira a nota de Duda na íntegra:
“Fuad nasceu em 30 de junho de 1947. Depois do golpe militar em 1964, aos 18 anos, por volta de 1965 entra para o exército e fica por 11 anos colaborando com a ditadura sendo promovido diversas vezes, chegando até o ministério da economia em Brasília no regime militar. Em Minas Fuad serviu no 12 RI, hoje 12 BI que é apontado pela Comissão da verdade nacional, estadual e pelo dossiê Brasil: Nunca Mais, como palco de tortura e cárcere de presos políticos.
Quem disse que passou esse período no exército foi o próprio Fuad. Que considera que o período de ditadura foi uma revolução e não um golpe.
Depois da abertura política no Brasil, Fuad vai trabalhar no FMI e é enviado para trabalhar em outra ditadura, em Cabo Verde.
Hoje, Fuad tem em seu gabinete na prefeitura um quadro com uma foto do seu tempo no exército e uma reprodução de uma “referência elogiosa” concedida pelo então comandante da Primeira Companhia de Fuzileiros do 12º Regimento de Infantaria. No documento, Fuad é descrito como “um militar eficiente, entusiasmado e dedicado”. Como mostra matéria do jornal O Tempo.
Todos esses fatos são comprovados por entrevistas e falas do próprio Fuad”.