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Eleições 2024: BH tem eleição mais indefinida desde a redemocratização

Pela primeira vez, a capital mineira tem três candidatos empatados na primeira colocação, conforme sugere pesquisas Datafolha e Itatiaia/Doxa

Bruno Engler (PL), Fuad Noman (PSD) e Mauro Tramonte (Republicanos) disputam duas vagas no segundo turno das eleições em BH

A julgar pelas últimas pesquisas de intenção de voto, a eleição de Belo Horizonte em 2024 é a que tem o destino mais aberto desde a redemocratização. Pela primeira vez, três candidatos chegam praticamente empatados na liderança e brigam pelas duas vagas que os levarão ao segundo turno da disputa.

Levantamentos recentes divulgados por Datafolha e Itatiaia/Doxa apontam nessa direção. O atual prefeito Fuad Noman (PSD) e os deputados estaduais Mauro Tramonte (Republicanos) e Bruno Engler (PL) chegam ao dia da eleição com percentuais muito parecidos, empatados tecnicamente, ou seja, dentro da margem de erro de cada pesquisa, divulgadas nos últimos dias.

Na última sexta-feira (4), pesquisa Itatiaia/Doxa apontou empate triplo na primeira posição da corrida eleitoral em Belo Horizonte, tendo Mauro Tramonte (Republicanos) numericamente à frente com 22,9% das intenções de voto e seguido por Bruno Engler (PL), com 21,8% e Fuad Noman (PSD) com 21%. A margem de erro, de 2,67 pontos percentuais coloca todos em igualdade de condições na disputa.

O Instituto Datafolha, em pesquisa divulgada na última sexta-feira (3) coloca o trio com 21% das intenções de voto.

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Em 1996, houve uma disputa parecida, mas o candidato Célio de Castro (PSB), vencedor daquela eleição, disparou na liderança e chegou às urnas com 40,77% dos votos válidos.

Outros dois candidatos brigaram até o final pela segunda colocação e uma diferença de apenas 50 mil votos levou Amilcar Martins (PSD) e não Virgílio Guimarães (PT) ao segundo turno. Eles tiveram, respectivamente, 26,46% e 21,66% dos votos válidos naquele ano.

Em 1992 também houve uma disputa acirrada. Patrus Ananias (PT), que viria a ser eleito naquele ano fechou o primeiro turno com 36,91% dos votos válidos e disputou o segundo turno contra Maurício Campos (PL). A diferença deste, que teve 20,92% dos votos, para o terceiro colocado, Aécio Neves (PSDB) também foi de menos de 50 mil votos. O tucano, que viria a ser eleito governador de Minas Gerais 10 anos mais tarde, ficou com 15,49% dos votos — um ponto percentual a mais que Sérgio Ferrara (PMDB), que teve nove mil votos a menos.


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Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.