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Tramonte diz não temer ‘efeito Russomano’ e justifica perda de votos como deputado

Em sabatina à CNN Brasil, líder nas pesquisas em Belo Horizonte diz não acreditar em “derretimento” de sua campanha

Mauro Tramonte (Republicanos) participou de sabatina à CNN Brasil nesta segunda-feira (9)

Líder nas pesquisas para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) descartou a possibilidade de viver um “efeito Russomanno” nas eleições para a capital mineira. Ex-apresentador da Record Minas, Tramonte aparece com 29% das intenções de voto para a PBH, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada na última semana, e descartou semelhança entre a sua trajetória e a de seu colega de televisão.

Russomanno, que foi apresentador do SBT, Band, RedeTV! e da própria Record, se lançou candidato à Prefeitura de São Paulo em 2020 e, apesar de liderar as pesquisas durante boa parte da campanha, viu sua performance derreter. Ao final do primeiro turno, Russomanno terminou a corrida em quarto lugar, com 10,5% dos votos válidos — ficando atrás de Bruno Covas (32,85%), Guilherme Boulos (20,24%) e Márcio França (13,64%).

“Na época do Russomanno aconteceram vários fatores, diferentes da realidade aqui em Belo Horizonte”, afirmou durante sabatina da CNN Brasil.

Tramonte comemorou o fato de as pesquisas mostrarem sua candidatura na liderança e que não acredita em um “derretimento” ao longo da campanha.

“As pesquisas mostram a gente crescendo ou mantendo. Não acredito que vamos chegar a um patamar e vamos, simplesmente, cair. Estamos com o povo e levando propostas para o povo. Além de mostrar o Mauro Tramonte, que sou eu, estamos mostrando as nossas propostas. Não acho que isso vai mudar, de jeito nenhum”, afirmou.

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O ex-apresentador da Record Minas é deputado estadual há dois mandatos. Nas eleições de 2018, obteve a maior votação do estado com 516.390 votos mas, quatro anos mais tarde, registrou 110.741.

Para Tramonte, a queda é justificada por ele não ter escolhido lado durante aquela eleição, polarizada entre Lula e Bolsonaro.

“Não fui extremista, não fui para a extrema-direita nem para a extrema-esquerda. Eu sabia que ia perder voto, mas não fiz campanha para nenhum presidente, nem para governador”, justificou.

De acordo com ele, essa posição ao centro facilita a busca por votos entre eleitores de Lula e Bolsonaro em Belo Horizonte.

“Essa posição que fiz, no passado, me dá tranquilidade para trabalhar no centro, tendo voto tanto na esquerda quanto na direita. No segundo turno, posso ter votos dos dois lados, independentemente contra quem”, projetou.


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Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.