Longe do apoio de Jair Bolsonaro, para quem fez campanha em 2022, o senador Carlos Viana (Podemos) tenta vincular seu nome ao do influenciador Pablo Marçal (PRTB), empatado na liderança da corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo. Até o momento, não recebeu qualquer aceno de volta.
Na última semana, chamou a atenção dos eleitores, que Viana passou a participar de agendas públicas com um boné laranja com o slogan: “Faz o V”, referindo-se à inicial de seu sobrenome. A estratégia copia o que vem sendo adotado por Marçal desde o início da campanha — o uso do boné e o slogan: “Faz o M”, também em referência à inicial do seu sobrenome.
Outro movimento de Viana em direção ao coach foi tentar atribuir a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de derrubar a plataforma X, a uma suposta perseguição a Marçal — a quem chamou de “novo líder da direita”, em uma alfinetada a seu ex-aliado Jair Bolsonaro.
“A derrubada do X hoje, no Brasil, nada mais é do que uma manobra jurídica para parar a vertiginosa subida da campanha de Pablo Marçal à prefeitura de SP. Uma tentativa de parar o novo líder da direita”, afirmou em uma postagem.
Em seguida, disse que ambos estarão “juntos” no segundo turno. “Você aí em São Paulo e eu aqui, em BH”.
Viana atribuiu derrubada do X a crescimento de Pablo Marçal a quem chamou de ‘novo líder da direita’
Candidato pelo Podemos, Carlos Viana não conta com o apoio de nenhum cabo eleitoral, seja a nível estadual ou nacional. Empatado em segundo lugar na corrida eleitoral em Belo Horizonte, conforme mostrou a pesquisa Itatiaia/Doxa da última semana, Viana vê seus adversários explorando apoio de lideranças.
O líder das pesquisas, Mauro Tramonte (Republicanos), conseguiu colocar em seu palanque duas figuras antagônicas: o ex-prefeito Alexandre Kalil e o governador Romeu Zema, que disputaram o Governo de Minas em 2022.
Bruno Engler trará Bolsonaro a Belo Horizonte na próxima quinta-feira (5) para consolidar o rótulo de “candidato da direita” na capital mineira. Já Rogério Correia (PT) conta com o apoio do presidente Lula.
