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Conheça as propostas dos candidatos em BH para a segurança pública

A capital mineira está hoje entre as 50 capitais mais perigosas do mundo

Ampliação e fortalecimento do guarda civil municipal estão entre as propostas

A capital mineira está hoje entre as 50 capitais mais perigosas do mundo, segundo o site Numbeo, especializado em coleta de dados. Furtos no comércio, homicídios, violência contra a mulher e contra a população LGBT, além da sensação de insegurança na região central de Belo Horizonte são as maiores preocupações dos eleitores da capital.

Veja mais: Conheça as propostas dos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte para a saúde

Entre os temas propostos pelos candidatos algumas propostas são frequentes, como a ampliação e o fortalecimento do guarda civil municipal e a modernização da segurança pública através de inteligência artificial.

Veja a seguir as propostas dos candidatos à prefeitura de Belo Horizonte para a segurança.

Bruno Engler (PL)

Em seu plano de governo, Bruno Engler, propõe um fortalecimento e aprimoramento da Guarda Municipal, através do aumento de efetivo e desenvolvimento de parcerias com o setor privado, de forma que ela possa atuar em conjunto com as outras forças de segurança (Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros).

O candidato discute a necessidade de modernizar a segurança pública na cidade, com videomonitoramento para todas as regiões e principais vias de BH, modernização do arsenal e dos equipamentos para a guarda municipal, além da utilização de inteligência artificial.

Propostas de ampliação e fortalecimento dos programas de enfrentamento à violência contra as mulheres e programas de treinamento contínuo para os profissionais de segurança para melhorar as técnicas de abordagem e resolução de conflitos também estão presentes no plano.

Carlos Viana (Podemos)

Viana menciona ações estratégicas para fortalecer o diálogo, a formação e a capacitação dos profissionais da Guarda Civil Municipal. Para o candidato, o objetivo é “valorizar, reconhecer e respeitar o trabalho essencial dessa força na proteção e segurança”.

Outro eixo proposto pelo candidato é a implementação de ações visando aumentar a sensação de segurança pública na população belo-horizontina, como o videomonitoramento, a criação de um Observatório de Segurança Pública que dialogue com a região metropolitana e a inteligência artificial policial para auxiliar na análise comportamental social do crime.

Viana menciona ainda a necessidade de criar núcleos de amparo para pessoas vítimas de violência doméstica e novas e mais efetivas políticas públicas de proteção e enfrentamento à violência contra a mulher na capital.

Duda Salabert (PDT)

Sobre a Guarda Municipal, Duda destaca a valorização da carreira e a criação de um programa de apoio à saúde mental dos servidores, em articulação com a Secretaria de Saúde.

Para modernização, a candidata fala em avançar na experimentação de tecnologias digitais, por meio de celulares e internet, para consultar a população e manter a base de dados sobre violências atualizadas, abertas e de fácil acesso aos cidadãos.

A candidata apresenta também os grupos minoritários em seu plano e propõe reduzir a violência contra crianças, adolescentes, mulheres e a população LGBTQIAP+ no território belo-horizontino, além de elaborar e executar políticas interseccionais de combate ao genocídio de jovens negros, evitando mortes e violências.

Fuad Noman (PSD)

Fuad, candidato à reeleição para prefeito, fala em dar continuidade aos seus planos para a segurança pública, que consiste em “mais guardas, mais câmeras e mais segurança”.

Para o número de guardas, segundo o candidato, a expectativa é que até o final do ano sejam integrados mais 214 novos agentes, perfazendo as 500 vagas do concurso realizado em 2019.

Sobre as câmeras, o candidato destaca a instalação e configuração de 462 câmeras e mais 404 até o final de 2024. Segundo o plano de governo, “Entre os equipamentos que serão instalados nessa última etapa estão câmeras com tecnologia de LPR (License Plate Recognition), para leitura e identificação automática de placas de veículos”.

Gabriel Azevedo (MDB)

Gabriel propõe nomear, de imediato, os aprovados no concurso da Guarda Civil Municipal e promover outro concurso para a entidade, além de fortalecer a colaboração entre a Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Civil Municipal para ações coordenadas de combate e prevenção ao crime.

O candidato também menciona que irá ampliar o número de câmeras de videomonitoramento na cidade com integração ao Centro de Operações da Prefeitura (COP-BH) e zerar as vias públicas sem iluminação na cidade.

Indira Xavier (UP)

Em seu plano, Indira apresenta a Desmilitarização da Guarda Municipal como proposta para a segurança pública. Segundo ela, deve haver uma reestruturação orientada para a criação de uma Guarda Civil com objetivo de atuar de forma comunitária, visando a defesa e proteção da população.

Entre as propostas também estão a retirada de estátuas, nomes de ruas e praças que fazem referência a racistas e fascistas e garantir que homenagens sejam feitas apenas a defensores do povo.

Lourdes Francisco (PCO)

Segurança pública não aparece no plano de governo da candidata. Em sabatina à Itatiaia, no entanto, a candidata falou em milícias populares como forma de defesa dos trabalhadores.

Veja mais: Lourdes Francisco (PCO) defende armar a população e a criação de milícias populares em BH

Rogerio Correia (PT)

Sobre a guarda municipal, Rogerio Correia fala em promover e fortalecer a sua formação continuada considerando temas como isonomia na abordagem, política de redução de danos em relação ao uso de drogas, violência doméstica e familiar e violência baseada em gênero e mediação de conflitos. Ele também propõe uma gestão integrada da Segurança Pública.

Correia menciona ainda a promoção de segurança nas escolas e o fortalecimento de equipamentos já existentes, com uso da tecnologia e videomonitoramento, a fim de recuperar bens roubados ou identificar procurados.

Mauro Tramonte (Republicanos)

O candidato do Republicanos menciona duas diretrizes sobre a segurança pública: repressão qualificada da criminalidade e a prevenção social da criminalidade. Na primeira, Tramonte propõe nomear 500 novos guardas municipais e criar grupamento específico na Guarda Civil Municipal, para o patrulhamento ostensivo nas principais regiões comerciais da cidade.

Para a prevenção social, o candidato fala em enfretamento à desordem do espaço público, somada a implementação de um projeto para adolescentes que residem em territórios de vulnerabilidade social, mediante a promoção do acesso a atividades esportivas, culturais e de formação da cidadania.

No caso da violência doméstica e de gênero, Tramonte propõe um projeto de enfretamento em parceria com o governo estadual e instituições de justiça.

Wanderson Rocha (PSTU)

Com uma abordagem diferente dos demais candidatos, em seu plano de governo, o candidato do PSTU diz que para que os trabalhadores possam se sentir seguros nas cidades os ambientes públicos, “tem que ser retomados, tem de ser alimentados com atividades, com vida, com dinâmica, com gente circulando, convivendo”.

Ele se coloca contra o uso do reconhecimento facial para identificação de pessoas e defende acabar com a polícia militarizada, a fim de limitar a instituição à segurança de órgãos públicos e do patrimônio municipal.

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Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo