Sem ser recebido por Lula, Zema se reúne com Rui Costa e volta para Minas
Após participar, na plateia, de evento público conduzido pelo presidente, Zema tem rápido encontro com o ministro da Casa Civil, em Brasília, e volta a Minas Gerais para velório do ex-governador Alberto Pinto Coelho
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se reuniu com o ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa, nesta segunda-feira (20), no Palácio do Planalto. Antes, o mineiro participou, na plateia, de um evento do Dia da Consciência Negra.
No entanto, ele conseguiu de Lula apenas um aperto de mãos no início da cerimônia. O presidente não recebeu o governador, que se reuniu rapidamente com o ministro responsável pela articulação do acordo de Mariana no governo federal.
A vinda de Zema a Brasília ocorreu justamente quando há previsão de uma reunião entre o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles querem apresentar a proposta alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) defendido por Zema. O governador mineiro, que estava na capital federal acompanhando do vice, Mateus Simões (Novo), não foi convidado para o encontro, que deve acontecer até está terça-feira (21).
Pacheco sugeriu uma renegociação da dívida de R$ 160 bilhões do governo de Minas, usando a federalização de estatais e o repasse de créditos, como a indenização pelo rompimento da barragem da Samarco, ao governo federal.
'Não fizemos um centavo de endividamento'
Antes de deixar a capital federal para desembarcar em Belo Horizonte, o governador Romeu Zema gravou um vídeo em que se exime de responsabilidade sobre o crescimento da dívida do estado com a União.
"No meu governo, não fizemos um centavo de endividamento, só temos pagado os juros da dívida, o que demonstra a seriedade. Se a dívida, hoje, é grande, é porque ela foi feita lá atrás e o que estamos fazendo é administrar essa dívida", afirma.
Durante o seu mandato, que começou em 1º de janeiro de 2019, Zema foi beneficiado por uma série de liminares assinadas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para que sua administração não precisasse pagar as parcelas da dívida com o governo federal.
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Zema disse, ainda, que encontrar uma solução para o problema, não é fácil. Do contrário, já teria sido feita.
"Essa dívida não é só de Minas. Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Goiás também enfrentam problema semelhante. E, se fosse fácil, ela já teria sido resolvida há muito tempo", afirmou.
O governador mineiro disse, ainda, que o estado encontrará uma saída para "esse, que é um dos principais problemas hoje" e que a situação fiscal e orçamentária "já melhorou".
"Hoje, o funcionário público recebe em dia, os prefeitos recebem em dia seus repasses, os pagamentos do estado são feitos em dia. Isso demonstra um avanço, mas ainda temos um peso dessa dívida de R$ 160 bilhões que precisa ser equacionado", afirma.
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