O contrato de concessão da BR 381 será assinado em abril do ano que vem e a duplicação terá início em 2026, no terceiro ano de gestão. No primeiro ano serão, em 2024, serão feitas, de imediato, melhorias como sinalização na via. “Quando a concessionária que venceu o leilão assumir e assinar o contrato, ela já começa as obras de melhoria tanto no pavimento como na sinalização. Isso é muito importante porque Infelizmente essa rodovia tem um alto índice de acidentes. Quando a gente concede a iniciativa privada que começa socorro médico e mecânico a gente chega a reduzir em 30% a gravidade dos acidentes”, afirma Viviane Esse, Secretária Nacional, Secretária Nacional de Transportes Rodoviários do Ministério dos Transportes.
O leilão será realizado na próxima sexta-feira (24), na B3 a Bolsa de Valores de São Paulo, conforme adiantado pela Itatiaia. Nesta segunda-feira (20), os envelopes com as propostas serão entregues. O investidor que propuser o menor valor de tarifa de pedágio vencerá o leilão. As praças de pedágio serão instaladas um ano após a concessão. Ao todo, serão cinco: Caeté (Km 411), João Monlevade (KM 351), Jaguaraçu (Km 285), Belo Oriente (Km 233) e Governador Valadares (KM 178).
O valor previsto por quilometro para pista é de R$ 0,19. A tarifa pode sofre um deságio (diminuição) que pode ser menor que 18%, entre 18% e 23%, de 23% a 30% ou superior a esse percentual. Quanto maior o deságio, maiores são os aportes de recursos que a empresa terá que fazer, retirando quantias que poderiam ser usadas para melhorias na rodovia. Para que haja uma segurança orçamentária e a vencedora cumpra com as obras prometidas, o Ministério estima que o deságio deva ficar na casa dos 18%.
O Ministério não divulga valores, mas a Itatiaia apurou que as tarifas para pista simples devem variar entre R$ 11,19 e R$ 14,30 centavos no início da concessão. Após as duplicações, as tarifas vão variar entre R$ 12 e R$ 16,81, sendo R$ 0,27 por centavo. As praças mais caras serão de Caeté e Jaguaraçu. Motociclistas terão isenção.
Devem ser investidos R$ 10 bilhões ao longo dos 30 anos de contrato, R$ 6 bilhões são para duplicações. A expectativa é de geração de mais de 87 mil empregos diretos e indiretos.
Trechos duplicados
Dos 304 quilômetros de rodovia, 134kms serão duplicados. Serão publicados os trechos: Antônio Dias/ Nova Era; Ipatinga/Santana do Paraíso; Antônio Dias/ Jaraguaçu; Nova Era; Nova Era/ Bela Vista de Minas/ São Gonçalo do Rio Abaixo/ João Monlevade; Bela Vista de Minas/ São Gonçalo do Rio Abaixo/ Barão dos Cocais; Caeté/Sabará; e Sabará/ Santa Luzia/Belo Horizonte.
Obras
Serão construídos 138 quilômetros de terceiras faixas, 11kms de vias marginais, 33 passarelas de pedestres e um ponto de parada de descanso para caminhoneiro. A concessão abrange uma área de 21 municípios: Sabará, Santa Luzia, Caeté, Nova União, Bom Jesus do Amparo, Barão dos Cocais, São Gonçalo do Rio Abaixo, João Monlevade, Bela Vista de Minas, Nova Era, Antônio Dias, Jaguará, Timóteo, Coronel Fabriciano, Periquito, Ipatinga, Santana do Paraíso, Belo Oriente, Naque, Governador Valadares e Belo Horizonte.
A expectativa é que a concessão seja bem sucedida. “Está muito bem estruturada. Tenho certeza que vai ser um sucesso”, afirmou a secretária.