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Oposição lança campanha de plebiscito contra aborto e afirma que vai obstruir pauta do Congresso em protesto contra decisões do STF

Para ser realizado plebiscito precisa ser aprovado pelo parlamento

Para ser realizado plebiscito precisa ser aprovado pelo parlamento

Parlamentares de oposição anunciaram que vão obstruir a pauta de votação no Congresso Nacional em protesto contra o que chamaram de “interferência do judiciário” no parlamento. Os deputados e senadores também anunciaram o protocolo de um pedido de plebiscito para consultar a população sobre o aborto.

O senador Rogério Marinho (PL) citou as decisões do Supremo Tribunal Federal sobre imposto sindical, relativização do direito à propriedade, descriminalização do uso de drogas e aborto. Todas são pautas combatidas pela bancada da direita.

Aborto

Para ser realizado um plebiscito contra o aborto é necessário que o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) seja aprovado na Câmara e no Senado. Depois da aprovação, segundo o gabinete do senador Rogério Marinho, o Tribunal Superior Eleitoral tem um prazo dois anos para organizar a consulta pública que funciona como se fosse uma eleição.

A bancada conservadora aposta no apoio da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aprovar a proposta. Além do Plebiscito, o senador Magno Malta (PL) anunciou que a direita vai ressuscitar a PEC da Vida, que já foi apresentada em 2019, e que proíbe o aborto no Brasil.

Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.