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Filhos de Bolsonaro atacam relatório do Coaf sobre R$ 17 milhões em Pix para o ex-presidente: ‘assassinato de reputações’

Relatório do Coaf indica R$ 17,2 milhões em transações Pix para contas pessoais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em seis meses

O senador Flávio Bolsonaro (PL) criticou o relatório do Coaf sobre transações milionárias para o pai dele, Jair Bolsonaro

Os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) atacaram nessa quinta-feira (27) o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que indicou cerca de R$ 17,2 milhões em transferências Pix para contas do político nos seis primeiros meses deste ano. O órgão que atua no combate à lavagem de dinheiro considerou as movimentações atípicas, mas esclareceu no relatório que os envios financeiros para Bolsonaro podem ser fruto de doações realizadas por aliados.

Vereador carioca e segundo filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro (Republicanos) classificou a confecção do relatório como fruto de uma “democracia comunista” e se limitou a dizer que o Brasil está igual à Venezuela. “Na democracia comunista relativa vale tudo! Já vivemos na Venezuela”, publicou nas redes sociais.

O senador Flávio Bolsonaro (PL) optou por um comentário mais extenso sobre o relatório do Coaf. O primogênito de Jair Bolsonaro (PL) declarou que o pai é alvo de um “assassinato de reputação sem precedentes” no Brasil. “Nunca houve vazamento, quebra de sigilo ou exposição sem embasamento de nenhum ex-presidente na história do país, mas contra Bolsonaro vale tudo”, escreveu.

Ele ainda reforçou a afirmação do documento produzido de que as transações atípicas nas contas do ex-presidente são fruto de doações. “Sabe o que assusta? O tamanho da vaquinha espontânea feita por milhões de brasileiros ao presidente mais popular do país para ajudá-lo a pagar multas milionárias por estar na linha de frente na pandemia”, acrescentou. Flávio se refere às punições financeiras aplicadas a Bolsonaro por desrespeitar leis que obrigavam o uso de máscaras de proteção em meio à pandemia do coronavírus.

O senador encerra a nota citando Adélio Bispo, autor do facada no pai durante as eleições de 2018, Venezuela, Cuba e Nicarágua e cobrou explicações para a produção do relatório sobre as movimentações finaneiras do pai. “Na democracia relativa, quebram sigilo de todo mundo de maneira ilegal, menos de Adélio Bispo (...). Esse crime terá que ser explicado”, concluiu.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.