Um dia após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciar que vai encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), uma das principais bandeiras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Romeu Zema (Novo) seguiu a decisão de outros governadores e anunciou que Minas Gerais manterá o modelo no estado.
“Em Minas as Escolas Cívico-Militares continuarão funcionando com gestão compartilhada dos Bombeiros. A tradição, a disciplina e o prestígio de uma das instituições mais respeitadas do mundo, agora se une ao trabalho de ensino dos Mineiros. Aqui a educação é sempre prioridade”, afirmou Zema.
Estruturado no início do mandado de Bolsonaro, o Pecim previa a conversão de 216 escolas à nova metodologia até o começo deste ano; o que, de fato, ocorreu. Agora, com a determinação do governo Lula (PT) as escolas deverão ser novamente convertidas à gestão tradicional — o Ministério da Educação, contudo, não estabeleceu prazo para a mudança acontecer.
Após o governo federal decidir encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico Militares (Pecim), alguns estados devem manter este modelo de ensino na rede pública local.
Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que pretende editar um decreto para regular um programa próprio de escolas cívico-militares. A intenção é ampliar as unidades escolares da rede pública que utilizam esse formato em todo o estado.
O governo de Santa Catarina disse que irá manter o modelo de ensino cívico-militar nas nove escolas do estado que já adotavam o método. A continuidade do programa contará com recursos estaduais e a Secretaria de Estado da Educação já estuda um novo nome para este projeto.