Julgamento no TSE: terceiro ministro segue relator e vota pela condenação de Bolsonaro à inelegibilidade

O ministro Floriano de Azevedo Marques acompanhou o ministro-relator Benedito Gonçalves, e votou pela condenação de Jair Bolsonaro (PL) à inelegibilidade pelo período de oito anos. Com a decisão, o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi desempatado, e o placar está em dois a um. Antes, após a abertura da sessão na manhã de quinta-feira (29), o ministro Raul de Araújo se posicionou contrário à sentença para o ex-presidente.

Encerrada a leitura de Azevedo Marques, votam os ministros André Ramos Tavares, Carmen Lúcia, Nunes Marques e, por último, Alexandre de Moraes. A expectativa é que a sentença da Corte Eleitoral seja divulgada nas próximas horas.

Bolsonaro agiu de forma ‘anormal’ e ‘imoral’, diz ministro

O ministro Floriano de Azevedo Marques classificou como “anormal” e “imoral” a postura do ex-presidente durante reunião com diplomatas.

Ele declarou, incisivo, que o então presidente convocou o encontro com “claro objetivo eleitoral” e tratou os embaixadores convidados como “coadjuvantes de um teatro eleitoral, reduzidos a observadores passivos de um ato de campanha”, alegou Floriano Marques de Azevedo.

Também em relação à prática de abuso de poder, o ministro indicou que Bolsonaro “mobilizou todo o poder de presidente da República para emular uma estratégia eleitoral, agindo de forma anormal, imoral e de sobremaneira grave”.

Bolsonaro inelegível?

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é julgado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação do governo. O processo partiu de uma ação do PDT depois de uma reunião do então presidente com embaixadores em julho do ano passado. No encontro transmitido na TV Brasil, Bolsonaro atacou o sistema eleitoral do país.