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Câmara de Belo Horizonte abre mais duas CPIs; saiba quem está no alvo

Atualmente, duas CPIs já estão em andamento na Casa; Secretaria e empresas de ônibus estão na mira de vereadores

Câmara Municipal de BH abriu mais duas CPIs

A Câmara Municipal de Belo Horizonte determinou a abertura de duas novas CPIs, que irão funcionar ao longo do segundo semestre deste ano no Legislativo. O presidente da Casa, vereador Gabriel Azevedo determinou que os integrantes das Comissões Parlamentares de Inquérito sejam escolhidos até o dia 30 de junho.

Atualmente, duas CPIs funcionam, concomitantemente, na CMBH: A CPI do Abuso de Poder e a CPI da Lagoa da Pampulha.

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O Requerimento 872/2023 contou com assinatura de 14 vereadores - mínimo necessário para abrir uma CPI. De acordo com o documento, a comissão será instalada para apurar “indícios de aparelhamento político” e denúncias de irregularidades no uso de dinheiro público na Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, da Prefeitura de Belo Horizonte, e o Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS).

O documento cita, ainda, que vereadores receberam denúncias envolvendo contratos celebrados pela pasta e na contratação de uma empresa para realizar a banca responsável pelo processo de escolha de conselheiros tutelares em 2023.

Outra suspeita dos parlamentares é com o custo para realização da 15ª Conferência Municipal de Assistência Social em Belo Horizonte. O valor, de R$ 1,5 milhão foi “apenas para selecionar 32 pessoas para participar da Conferência Estadual”, diz trecho do documento.

Empresas de ônibus

Outro requerimento apresentado pela Mesa da Câmara Municipal cria uma CPI para investigar a prestação do serviço de transporte público por duas empresas: TransOeste e Torres, concessionárias em Belo Horizonte. O documento também fala em apurar “a omissão da Prefeitura de Belo Horizonte frente seu dever de fiscalização do fiel cumprimento do contrato”.

O texto cita as duas empresas por liderarem “a lista de descumprimento de viagens e quadro de horários”.

O pedido cita, ainda, que a Câmara Municipal realizou um trabalho de investigação na CPI da BHTrans e que identificou problemas estruturais em todo o sistema de transporte público. “Entretanto, uma das principais ponderações de especialistas e movimentos sociais foi de que a CPI deveria ter um foco maior nas empresas prestadoras de serviço”, diz o documento.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura, que disse que não iria se manifestar sobre o assunto.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.