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CPI começa a apurar denúncia de excessos em contrapartidas exigidas na Arena MRV

Vereadores de BH apuram se ex-prefeito Alexandre Kalil influenciou demandas apresentadas para a construção do estádio do Atlético por motivações políticas

Em fevereiro, vereadores da CPI do Abuso de Poder visitaram Arena MRV para conferir contrapartidas exigidas para a construção do estádio

Os vereadores da CPI do Abuso de Poder começam a investigar nesta semana denúncia sobre excessos nas exigências de contrapartidas para a construção da Arena MRV feitas pela Prefeitura de BH, durante a gestão do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD).

Nesta segunda-feira (29), a comissão aprovou dois requerimentos para intimar o arquiteto responsável pelo projeto do novo estádio do Galo, Bernardo Farkasvolgyi, e o CEO da Arena MRV, Bruno Muzzi, para prestar informações sobre as contrapartidas.

Farkasvolgyi deve prestar depoimento na Câmara Municipal de BH na quinta-feira, dia 1º de junho, e Muzzi teve oitiva agendada para dia 15 de junho.

O objetivo da CPI é investigar se houve tratamento diferenciado motivado por questões políticas do ex-prefeito Kalil, com cobranças acima do normal, para a construção do novo estádio do Atlético.

No ano passado, o clube se manifestou criticando as exigências feitas pela PBH e citou ‘valores exorbitantes’ e ‘desproporcionais’ em comparação com outras arenas esportivas construídas no país.

“As mais de 100 contrapartidas exigidas pela PBH para a construção da Arena MRV têm valores exorbitantes e completamente desproporcionais em relação a qualquer outra arena erguida no Brasil. Via de regra, projetos dessa envergadura, geradores de emprego e renda (notadamente no período de pandemia), recebem apoio e até incentivos do poder público. Não foi isso o que aconteceu aqui. Pelo contrário. Usou-se o empreendimento e seus apoiadores financeiros para que se resolvesse problemas históricos da região, como o de obras estruturantes viárias, que deveriam ter sido realizadas pelo poder executivo municipal”, disse o Atlético.

A reportagem da Itatiaia entrou em contato com a assessoria do ex-prefeito Kalil para comentar a denúncia que será investigada pela comissão na Câmara de BH, mas até a publicação desta reportagem não houve retorno.

Tem mais de 27 anos de experiência jornalística, como gestor de empresas de comunicação em Minas Gerais. Já foi editor-chefe e apresentador de alguns dos principais telejornais do Estado em emissoras como Record, Band e Alterosa, além de repórter de rede nacional. Foi editor-chefe do Jornal Metro e também trabalhou como assessor de imprensa no Senado Federal, Tribunal de Justiça de Minas Gerais e no Sesc-MG. Na Itatiaia, onde está desde abril de 2023, André é repórter multimídia e apresentador.
Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.