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‘Há inocentes; vou provar’, diz Cleitinho na CPMI de 8 de janeiro

Senador do Republicanos de Minas Gerais citou casos de fretadores de ônibus que alugaram veículos a manifestantes que estiveram em Brasília (DF)

Cleitinho Azevedo prometeu dar contribuições à CPMI de 8 de janeiro

O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) disse, nesta quinta-feira (25), que pretende utilizar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro para provar que há “inocentes” entre os investigados por suposta participação nos atos antidemocráticos. Para embasar a fala, o parlamentar citou o caso de fretadores de ônibus que entraram na mira das autoridades.

“Meu foco maior está nos inocentes. Se eu conseguir, na CPMI, provar que houve cinco, 100 ou 1 mil inocentes, vamos ajudar essas pessoas. Há inocentes. Eu vou provar”, garantiu, durante a sessão de instalação do colegiado.

Cleitinho afirmou ter relatado ao ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), casos de pessoas que tiveram ônibus retidos por terem levado manifestantes rumo a Brasília (DF) para a manifestação que culminou na invasão a prédios dos três Poderes da República.

“Um dos proprietários dos ônibus contou que simplesmente alugou esse ônibus para o pessoal que veio no dia 8. E, no dia 1°, (de janeiro) da posse do Lula, também alugou. Ele é inocente. Ônibus são de pessoas. São trabalhadores sem poder trabalhar”, protestou.

O senador mineiro é um dos suplentes do Republicanos na CPMI. “Quem financiou e quebrou vai ter de pagar, independentemente do lado em que estiver. Não tenho bandido de estimação. Errou, tem de pagar. E, se houve omissão, também terá de pagar”, pontuou.

Nikolas promete fazer “trabalho técnico”

Também suplente da CPMI, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) prometeu fazer um “trabalho técnico” em suas participações na comissão. Ele acusou aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de tentarem emplacar “narrativas” a respeito dos atos antidemocráticos.

“Quando eles nos acusam de que vamos fazer tumulto, nos quatro últimos anos ficaram nos chamando de ‘genocidas’, ‘terroristas’, ‘fascistas’, ‘negacionistas’, ‘homofóbicos’ e ‘transfóbicos’. Agora estão pedindo para não causarmos tumulto? Falar a verdade é causar tumulto? Se for, eu e a oposição vamos causar tumulto”, assegurou Nikolas.

Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.