Prates: mudança na política de preços não significa intervenção de Lula na Petrobras

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse, nesta terça-feira (16), que a mudança na política de preços da estatal não representa intervenção do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na companhia. Ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), Prates afirmou que, apesar da alteração, a companhia continua com mecanismos de garantia de rentabilidade.

“Nós, ministro e presidente da Petrobras, somos parte do governo brasileiro. Não é intervenção no sentido de dizer ‘bote o preço assim’. Os instrumentos da Petrobras, competitivos, de rentabilidade e garantia de financiabilidade da companhia, estão integralmente garantidos. O que estamos falando é de um modelo que vai garantir a ela ter o melhor preço para seu cliente, como qualquer outra empresa”, explicou, durante coletiva de imprensa em Brasília (DF).

A partir de quarta-feira (17), segundo Prates, o preço do litro da gasolina vai cair R$ 0,40, representando redução de 12,6%. Já o diesel terá redução de R$ 0,44 por litro — decréscimo de 12,8%. Os novos valores são oriundos do fim do preço de paridade de importação (PPI), que estava em vigor desde 2016.

“Não há absolutamente nenhuma intervenção. O presidente Lula, quando fez a campanha, e estávamos juntos lá, disse que não faz sentido um país lutar por autossuficiência e que não faz sentido que Getúlio e todos que o sucederam tenham lutado por parques de refino e, depois, a gente praticasse o preço importado, como se importássemos tudo. O que ele disse não é intervenção; o que ele disse é uma vontade política que foi eleita, sufragada”, defendeu.

O presidente da Petrobras falou, ainda, que a estatal e o governo federal têm “comunhão de interesses e propósitos” no que tange a “aproveitar os ativos brasileiros em favor dos brasileiros”.