Os nomes dos deputados que vão compor as comissões permanentes da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foram lidos no Plenário nesta terça-feira (28). O presidente e vice-presidente de cada uma das comissões serão oficializados nas primeiras reuniões, em escolha protocolar, já que as costuras vem sendo feitas pelos deputado nas últimas semanas.
O governador, Romeu Zema (Novo) terá aliados à frente das comissões mais disputadas, como a de Constituição e Justiça (CCJ), por onde passam todos os projetos da casa, Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) e de Administração Pública (APU). As três têm maioria dos integrantes ligada à base do governo.
O líder de governo, Gustavo Valadares (PMN), destacou que as prioridades neste início de mandato são “o projeto que tira da Polícia Civil a gestão do Detran, que trata da autorização para a venda da Codemig e a aprovação da reforma administrativa”.
Já a oposição, formada por deputados de partidos de esquerda, terá maioria nas comissões de Educação, Direitos Humanos, Cultura e Participação Popular.
A deputada Lohanna França (PV) entende que a oposição conseguiu manter a prioridade, mesmo não conquistando os espacos que queria.
“São comissões fundamentais para barrar o avanço da política privatista e a ideia de vender e lotear o Estado de Minas que o governador Romeu Zema tenta fazer. Gostaríamos de ocupar mais espaço, mas dentro do que nos coube, vamos conseguir fazer a diferença”, avaliou.
A disputa pelas comissões da Assembleia ficou mais acirrada após o acordo para a candidatura única que levou o deputado Tadeu Martins Leite (MDB) à Presidência da Assembleia.
Como o governo de Minas abriu mão de candidato próprio na disputa pouco antes da escolha de Tadeuzinho, o emedebista já avalia fechado acordos com aliados e faltou espaço para negociações.
Com a maioria nas principais comissões da casa, Romeu Zema deve ter um segundo mandato com uma resistência menor aos projetos de interesse do governo que tramitam na Assembleia.