A Advocacia-Geral da União (AGU) aumentou para R$ 20,7 milhões o pedido de bloqueio de bens para pessoas físicas e empresas suspeitas de envolvimento nos episódios violentos de invasão e depredação às sedes dos três Poderes em Brasília, no último dia 8 de janeiro.
De acordo com ofício da AGU, o aumento se deve ao cálculo da Câmara dos Deputados sobre os prejuízos causados à sede da Casa Legislativa, que elevou em R$ 2,2 milhão a estimativa dos danos - passando de R$ 1,1 milhão para R$ 3,3 milhões.
O documento ainda cita 42 pessoas detidas em flagrante durante os atos. A Justiça ainda deve se manifestar sobre o pedido de bloqueio de bens da AGU neste caso.
Ao todo, quatro ações foram propostas pelo órgão e envolvem 176 pessoas e sete empresas suspeitas de financiar as ações golpistas que culminaram na destruição da Praça dos Três Poderes.
De acordo com a AGU, as ações tem como objetivo assegurar o ressarcimento aos cofres públicos, em caso de posterior condenação definitiva dos envolvidos. A AGU defende que todos os responsáveis, sejam financiadores ou depredadores, devem responder solidariamente pelo prejuízo causado ao patrimônio público, nos termos do Código Civil. Ao menos R$ 4,3 milhões só em veículos de pessoas e empresas envolvidas já estão bloqueados.