O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta segunda-feira (30), após uma reunião com o primeiro-ministro alemão Olaf Scholz, que quer tentar fechar o
“Quero dizer ao chanceler que vamos fechar o acordo, se tudo der certo, até o fim desse semestre. É nossa ideia de encaminhar para ter acordo para que a gente possa começar a discutir outros assuntos”, afirmou em entrevista coletiva realizada após o encontro bilateral, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Os termos do tratado foram fechados em junho de 2019, quando o texto foi encaminhado para aprovação dos órgãos Legislativos de cada país - o que ainda não foi feito já que a
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Lula disse que o acordo quase foi fechado durante o seu segundo mandato, mas houve divergências entre Brasil e Argentina, de um lado, e parte dos europeus, do outro.
“Nós queríamos que o acordo não limitasse o nosso direito de nos reindustrializarmos. E que os franceses fossem mais flexíveis, sobretudo na questão agrícola. Os franceses são muito duros, não é o Brasil”, afirmou.
Negociação
O presidente Lula disse, ainda, que conversou com o presidente da Argentina, Alberto Fernández sobre o acordo entre União Europeia e o Mercosul e que irá sentar na mesa “da forma mais aberta possível”.
“Voltei à Presidência e estive com o presidente argentino. Conversamos um pouco para que possamos concretizar esse acordo. Alguma coisa tem que ser mudada, Vamos mostrar ao lado europeu como somos flexíveis e queremos que eles mostrem o quanto são flexíveis”, disse.
“Para nós é muito caro, para um país em vias de desenvolvimento como o Brasil, a questão das compras governamentais porque essa é uma forma de fazer crescer nossas pequenas e médias empresas. Se abrirmos mão, jogamos fora a oportunidade de fazemos essas empresas crescerem. Vamos sentar na mesa da forma mais aberta possível”, afirmou.
O chanceler alemão afirmou ver com bons olhos a energia do Brasil em “concluir um acordo tão ambicioso em tão pouco tempo”.