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Ministro da Justiça diz que 1.500 pessoas foram detidas e responderão por invasões e depredações

Flávio Dino afirmou que envolvidos serão processados e terão que pagar por danos ao patrimônio público

Ministro da Justiça diz que 1.500 pessoas foram presas pelas invasões nas sedes dos Três Poderes

O Ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) afirmou que cerca de 1.500 pessoas foram detidas pelas forças de segurança do Distrito Federal e serão investigadas pela participação nas invasões e depredações das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

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“Ontem tivemos 209 prisões em flagrante, esse número sempre é atualizado a luz das circunstâncias. Neste momento estão sendo ouvidas cerca de 1.200 pessoas, totalizando algo em torno de 1.500 prisões”, disse Flávio Dino.

Os detidos estão sendo identificados por 50 equipes da Polícia Federal. “As pessoas estão na sede da Academia de Polícia sendo ouvidas por 50 equipes da Polícia Federal. O encaminhamento jurídico vai ser feito de acordo com os delegados”, afirmou. Segundo o ministro, cerca de 40 ônibus foram presos em Brasília e nos arredores da capital federal.

Dino afirmou que a situação está controlada em Brasília e que a tentativa de golpe fracassou. “Nosso país caminha para a absoluta normalização institucional. Hoje, o excelentíssimo presidente da República realizou reuniões com os três poderes, com os comandantes das Forças Armadas, então entre as instituições civis e militares reina a plena compreensão da Constituição e da democracia. Golpistas, terroristas, criminosos em geral não tiveram êxito em seu intento de ruptura da lei”, explicou.

“Foram realizadas as perícias nos edifícios sedes, que visam a instrução dos inquéritos que estão sendo instaurados no âmbito da PF e também para que aconteça a responsabilização civil, as ações vão ser remetidos para que se cobre a indenização para quem perpetrou danos materiais nos edifícios e no patrimônio histórico ali alojado”, disse.

Investigação de financiadores

Dino reafirmou, ainda,, que a Polícia Federal irá solicitar à Justiça o cumprimento de mandados de prisão temporária e preventiva de organizadores e financiadores dos ataques.

De acordo com ele, houve uma série de crimes praticados nos episódios de ontem durante as invasões dos prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto, como: crime de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, crime de dano qualificado, associação criminosa e lesões corporais - inclusive contra profissionais da imprensa.

Para justificar a procura pelos financiadores dos atos golpistas, Dino afirmou que o artigo 29 do Código Penal prevê que suspeitos possam ser identificados como coautor e partícipes dos crimes.

O ministro disse, ainda, que o objetivo dos ataques em Brasília não foram cumpridos.

“Esses eventos não obtiveram êxito em si mesmos e no seu intento, que era gerar efeito-dominó. A expectativa, aparentemente, de que alguns acreditavam que a partir dos eventos como a subida da rampa do Congresso, do Supremo e do Planalto, fosse criado um quadro de anomia e situação propiciadora de novas aventuras”, afirmou Dino ao dizer que esse quadro foi vencido e que o pior passou.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.
Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.