O novo chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, assumiu o cargo anunciando a criação de um grupo técnico para reavaliar os
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Ele afirmou que a medida atende a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para retomar o funcionamento da Lei de Acesso à Informação (LAI). Segundo os petistas, a lei foi ignorada muitas vezes durante a gestão passada.
“Vamos resgatar a confiança da população de que a regra é a transparência e o sigilo é exceção”, disse Vinicius Marques. Ele afirmou que houve um uso indiscriminado e indevido do sigilo para supostamente proteger dados pessoais ou sob o falso pretexto de proteção da segurança nacional e da segurança do presidente da República.
Durante a campanha eleitoral, Lula fez várias críticas ao governo Bolsonaro por se negar a divulgar algumas informações.
Na lista de informações protegidas por 100 anos há cinco pedidos ao Ministério das Relações Exteriores. Entre eles o acesso às mensagens diplomáticas sobre os ex-jogadores Ronaldinho Gaúcho e Assis, presos no Paraguai em 2020 por uso de passaporte falso, e também sobre o caso do médico bolsonarista Victor Sorrentino, detido no Egito sob acusação de assediar uma vendedora. Nos dois casos, o Itamaraty negou o acesso.
A lista inclui pedidos ao Exército sobre a apuração disciplinar do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. O sigilo de 100 anos para o processo disciplinar do oficial expôs uma prática adotada pela gestão Bolsonaro que, segundo especialistas, vem dando mostras de estar mais preocupada em esconder do que abrir os arquivos do governo.