Não é de hoje que o cinema retrata
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Embora o cenário retratado na produção de 1991 à época tenha parecido totalmente improvável, atualmente cada vez mais especialistas alertam para os perigos representados pela inteligência artificial. Agora, Mo Gawdat, que foi diretor de negócios da X, empresa secreta de pesquisa e desenvolvimento do Google, aponta que a inteligência artificial pode ver os humanos como lixo no futuro.
Ele diz que teme um cenário em que a tecnologia decida que tem de destruir a humanidade — embora esse dia ainda esteja um pouco longe. Gawdat cita o filme “Eu, Robô”, de 2004, em que o modelo NS-5 quebra as três leis da robótica criadas por um pesquisador (robôs não podem machucar humanos, devem obedecer humanos, se isso não contrariar a primeira lei, e devem proteger a si mesmos, se isso não refutar a primeira e a segunda leis) e o mata.
Para o especialista, a
Segundo ele, a inteligência artificial pode formar uma opinião negativa sobre a humanidade porque vasculha as redes sociais. “Qual a probabilidade de ela pensar em nós como escória hoje? Muito alta”, aponta. “Somos falsos nas redes sociais, somos rudes, estamos com raiva ou mentimos”, ressalta.
Não haverá pausa
Além disso, é tarde demais para desfazer os avanços já obtidos porque as empresas já investiram muito na tecnologia. “Cientistas e líderes empresariais estão dizendo: ‘Vamos interromper o desenvolvimento da inteligência artificial’”, lembra ele. Gawdat se refere a uma
Só que isso — a interrupção do avanço da tecnologia, mesmo que temporariamente — nunca vai ocorrer. “Não por aspectos tecnológicos, mas pelo dilema de negócios. Se o Google está desenvolvendo inteligência artificial e teme que o Facebook o supere, não vai parar porque tem certeza de que os demais não pararão”, avalia. “Os EUA não vão parar porque sabem que a China está desenvolvendo a tecnologia. Criamos um sistema humano, não tecnológico, que nos impede de parar.”
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