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Compartilhamento de senhas na Netflix chega ao fim

Já no próximo trimestre, a maioria dos países em que a empresa atua vai receber a novidade; Netflix Brasil ainda não tem informações sobre o país

Netflix vai tornar compartilhamento de senhas pago

Acabou! É isso mesmo: o compartilhamento gratuito de senhas na Netflix logo não vai ser mais possível. Depois de lançar a opção paga em quatro países (Canadá, Espanha, Nova Zelândia e Portugal), a empresa informa que está contente com os resultados e planeja expandir a medida para outros países, como os EUA, no próximo trimestre.

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Um relatório da empresa diz que a iniciativa busca evitar que a empresa tenha dificuldade de investir e aperfeiçoar a plataforma para assinantes. Segundo o documento, mais de 100 milhões de domicílios adotam a prática.

O serviço espera que haja cancelamentos quando a novidade for anunciada, mas informa que a tendência é de que os usuários reativem suas contas depois. “No Canadá, por exemplo, a base de assinantes agora é maior do que antes do lançamento. Com isso, a receita agora cresce mais rápido que nos EUA.”, informa.

Na América Latina, a empresa apresentou resultados abaixo do esperado na divulgação de seu balanço financeiro a acionistas. Um dos motivos foi o crescimento de novos usuários aquém da expectativa na região. Com isso, a companhia pretende antecipar a nova modalidade de cobrança em busca de otimizar a receita.

Greg Peters, coCEO da Netflix, não detalhou preços nem quais países vão receber a novidade, mas informou que ela deve ser implementada na maior parte dos locais em que a empresa atua. “Quando você pensa do ponto de vista de receita, o lançamento na maioria [dos países] ocorrerá no segundo trimestre”, afirma.

Segundo ele, alguns países podem não ter a cobrança adicional — a decisão será tomada caso a caso com base na realidade de cada mercado. Apesar disso, a nova política deve ser a regra, não a exceção. O Brasil é um dos maiores mercados da empresa e, por isso, há chances de que os usuários do país sejam atingidos em breve. A Netflix Brasil diz que ainda não há informações além do que foi divulgado na apresentação do resultado financeiro.

Quanto vai custar

Sem confirmação da eventual chegada da cobrança adicional ao Brasil, não há informação sobre o preço da opção. Peters aponta que isso depende da realidade de cada país, ou seja, não há uma regra. Nos EUA, por exemplo, se a definição acompanhar o Canadá, o custo de cada adicional deve ser de cerca de US$ 6. Cada assinante vai poder adicionar dois compartilhadores a planos Standard ou Premium.

No pré-lançamento na América Latina, diferentes preços foram testados. Isso pode dar uma ideia do valor ideal. Em lugares como Argentina, Chile e Peru, em que a cobrança já foi implementada, a variação de preço foi ampla. O mais barato foi o da Argentina: $ 219 (cerca de R$ 5). No Peru, foi equivalente a R$ 11. Já no Chile, foi algo como R$ 15.