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O fim dos celulares? Especialistas debatem o futuro dos smartphones e as respostas são bem diferentes

Líderes como Elon Musk, Bill Gates e Mark Zuckerberg preveem o fim dos smartphones, apostando em tecnologias como interfaces cerebrais e óculos AR. Descubra por que Tim Cook (Apple) discorda e o que o futuro reserva para a tecnologia móvel!

Mark Zuckerberg não acredita no futuro dos celulares

O mundo da tecnologia está em constante evolução, e a discussão sobre o futuro dos smartphones nunca esteve tão aquecida. Enquanto alguns dos maiores nomes do setor, como Elon Musk, Bill Gates, Mark Zuckerberg e Sam Altman, preveem o fim da era dos smartphones, Tim Cook, CEO da Apple, mantém uma crença firme na continuidade desses dispositivos em nossas vidas. Essas visões divergentes refletem a incerteza e a inovação que permeiam o setor tecnológico.

De um lado, há uma aposta audaciosa em tecnologias emergentes que poderiam substituir completamente os aparelhos que hoje carregamos em nossos bolsos. Do outro, uma confiança renovada na capacidade dos smartphones de se adaptarem e permanecerem relevantes.

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As tecnologias que podem substituir seu celular

Diversas inovações estão sendo desenvolvidas com o potencial de tornar os smartphones obsoletos:

  • Interfaces Cérebro-Computador (BCI): Elon Musk, conhecido por suas ideias futuristas, aposta nas interfaces cérebro-computador como substitutas dos smartphones. Através de sua empresa Neuralink, Musk vislumbra um futuro onde dispositivos podem ser controlados diretamente pelo pensamento, eliminando a necessidade de interfaces físicas. Essa tecnologia já está em fase de testes, com implantes bem-sucedidos em dois indivíduos.
  • Tatuagens Eletrônicas: Bill Gates, por sua vez, tem investido em tatuagens eletrônicas desenvolvidas pela Chaotic Moon. Essas tatuagens utilizam nanossensores para coletar e transmitir dados, com aplicações potenciais em saúde, rastreamento por GPS e comunicação, podendo, segundo Gates, levar a um mundo onde os smartphones se tornem obsoletos.
  • Óculos de Realidade Aumentada (AR): Mark Zuckerberg, CEO da Meta, é um forte defensor de que os óculos de realidade aumentada (AR) substituirão os smartphones até 2030. Ele prevê que esses óculos permitirão aos usuários realizar tarefas que hoje são feitas em smartphones de maneira mais integrada e sem o uso das mãos. Grandes investimentos da Meta e da Apple no segmento, como o Vision Pro da Apple, que recebeu ótimas avaliações iniciais, sugerem que esta não é apenas uma moda passageira. Um relatório da Gartner de 2023 projeta que, até 2027, mais da metade das empresas pilotará soluções de AR vestíveis para comunicação e treinamento, indicando que os casos de uso empresarial já estão emergindo. Zuckerberg afirma que “a verdadeira mágica acontece quando a tecnologia se dilui no fundo – deixe o mundo se tornar sua tela”.

Por que a Apple acredita no futuro dos smartphones?

Em contraste com essas previsões, Tim Cook, CEO da Apple, mantém sua confiança inabalável no futuro dos smartphones. Sob sua liderança, a Apple continua a inovar, exemplificado pelo lançamento do iPhone 16, que incorpora recursos avançados de inteligência artificial para aprimorar a experiência do usuário.

Cook enfatiza o compromisso da Apple com a qualidade e a utilidade de seus produtos, garantindo que os smartphones permaneçam não apenas relevantes, mas essenciais. Ele acredita que, apesar dos avanços em realidade aumentada e inteligência artificial, os smartphones continuarão a coexistir com essas novas tecnologias, complementando-as em vez de serem substituídos por elas.

O que o futuro reserva para os celulares?

O futuro da tecnologia móvel é incerto, e a batalha entre os smartphones tradicionais e os dispositivos emergentes está apenas começando. Enquanto Musk, Gates, Zuckerberg e Altman vislumbram um mundo onde novas tecnologias superam a dominância dos smartphones, a crença firme de Tim Cook na relevância duradoura desses dispositivos destaca o compromisso contínuo da Apple com a inovação dentro de uma forma familiar e confiável.

À medida que o cenário tecnológico continua a evoluir, será fascinante observar se essas previsões se concretizam ou se, como em todas as eras tecnológicas, a “velha guarda” se adapta e prospera ao lado do novo.

Estudante de jornalismo na PUC Minas e estagiária da Itatiaia