Ouvindo...

Netflix quer acabar com compartilhamento de senhas em 2023

Plataforma diz que quer fazer dinheiro com contas com anúncios e usuários extras pagantes

Streaming quer evitar compartilhamento gratuito do serviço

Com aumento no número global de assinantes depois de dois trimestres consecutivos de queda, a Netflix viu o preço de suas ações subirem mais de 10% na Nasdaq nesta quarta-feira (19). O balanço do terceiro trimestre da companhia aponta que 2,4 milhões de assinantes chegaram à plataforma nesse período.

Além disso, o serviço deixa claro que seu foco para 2023 é “fazer dinheiro”. Esse comunicado oficial tem destinatário certo: usuários que dividem a senha do serviço com familiares e amigos. Em 2023, a companhia vai expandir as contas com publicidade (que chegam ao Brasil no início de novembro) e implantar o compartilhamento pago.

Isso quer dizer que, quem empresta a assinatura para usuários que não moram na mesma casa, vai ter de pagar taxas extras. Essa opção está em teste no Peru, no Chile e na Costa Rica. Nos próximos três meses, deve chegar a outros países, inclusive o Brasil. Ainda não se sabe o custo por aqui. Em outros países, a taxa varia de US$ 2,12 a US$ 3.

Migração de perfil

A Netflix tem liberado gradualmente a transferência de perfil entre assinaturas. Ela facilita a criação de novas contas para quem sair de assinaturas compartilhadas. Com o recurso, é possível levar o perfil intacto — com histórico, jogos, listas de títulos e por aí vai. Isso aponta para a intenção da empresa de tornar a transição mais amigável.

O streaming confirmou, ainda, a data de lançamento da assinatura com anúncios. Por aqui, ela vai custar R$ 18,90 — mais barata que o plano básico atual, que sai R$ 25,90 —, mas o acesso é limitado a alguns conteúdos.