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Rock in Rio está cheio de tecnologia

Festival tem espaço no metaverso, 5G, cão-robô, drones e análise de redes sociais

O primeiro Rock in Rio após a pandemia de covid-19 está cheio de novidades tecnológicas. Antes mesmo de chegar à Cidade do Rock, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o visitante tem contato com uma delas: o ingresso digital. Já em uso em diversos festivais ao redor do mundo, a opção é menos incômoda, mais segura e mais sustentável.

O tíquete pode ser baixado diretamente no celular. Para guardá-lo, é preciso ter uma carteira digital — não serão aceitos prints de tela nem cópias impressas do ingresso. Siga os passos:

  • entre no site a partir de um navegador (não pelo aplicativo);

  • selecione a aba Rock in Rio e clique no pedido do dia das apresentações;

  • clique em “Salvar” e preencha os dados dos visitantes;

  • em iPhones, o ingresso vai para o aplicativo Carteira. Em aparelhos Android, fica na Carteira do Google.

E lembre-se:

  • a transferência virtual de entrada não estará disponível no dia do show;

  • é preciso fazer o download até o último minuto do dia anterior à apresentação.

Todo o Parque Olímpico terá conexão 5G para transmissão de dados. Como a tecnologia permite boa conexão mesmo em áreas com alta densidade de usuários, não deve haver dificuldade na transmissão de vídeos e na publicação de fotos durante os espetáculos. Esse deve ser, portanto, o primeiro grande teste das possibilidades do 5G no Brasil.

Para garantir a estabilidade da conexão, serão 25 antenas. Como são estruturas pequenas, ficarão misturadas à cenografia. Só poderão desfrutar da tecnologia aqueles que tiverem aparelhos compatíveis. Estimativas da TIM, que patrocina a rede 5G no Rock in Rio, apontam que apenas 10% do público tem esses modelos (algo como 10 mil pessoas por dia, se considerados os dados da edição de 2019).

O 5G deve ser usado, ainda, para reforçar a segurança no festival. O cão-robô Yellow, por exemplo, tem conectividade 5G para transmissão rápida de dados. Todas as informações coletadas por ele podem ser reportadas a agentes de segurança pela rede. Mais material vem das cerca de 200 câmeras de segurança, duas câmeras noturnas, uma câmera térmica, dois drones e 30 câmeras acopladas ao colete de agentes.

Além disso, a Polícia Civil do Rio de Janeiro já monitora as redes sociais há algumas semanas para identificar quadrilhas de falsificação de ingressos e roubos de celulares. Fraudes no credenciamento também têm sido analisadas.

Metaverso

Além do ambiente real presencial, o festival tem um espaço no metaverso, o Rock in Verse. O projeto, criado pela agência A-LAB, vai ser construído em uma ilha do jogo Fortnite. O código para acessi ao local é 1795-5503-2935.

O jogador poderá interagir com uma música original e exclusiva da dupla de DJs Cat Dealers, que se apresenta no domingo (4). Outro espaço pretende testar a memória e o conhecimento dos participantes sobre a história do Rock in Rio.