A busca por
Ajustes práticos e de baixo custo
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), aumentar a eficiência energética é urgente para o segmento industrial, mas não depende, obrigatoriamente, de inovações caras. Elaine Chaves defende que “implementações de baixo custo podem ser feitas como diagnóstico para identificar desperdícios: equipamentos ligados fora do horário de produção ou sistemas de climatização operando sem necessidade”. Ela recomenda revisar a demanda contratada junto à concessionária, “para evitar cobranças por excesso ou subutilização”.
Elaine destaca ainda outros pontos que a indústria pode adotar de imediato:
- Troca de lâmpadas fluorescentes por LED e instalação de sensores de presença em áreas de menor circulação.
- Lubrificação e alinhamento de motores, além da limpeza dos filtros de ventilação e refrigeração.
- Isolamento térmico de paredes e telhados, reduzindo a dependência de sistemas de climatização.
- Treinamento de equipes para monitoramento e desligamento de máquinas ociosas, assim como ajuste nos horários de pico.
Em suas palavras: “Além das tecnologias, o comportamento da equipe faz diferença: monitorar máquinas, desligar o que não precisa rodar e ajustar picos de consumo já traz resultado rápido”, enfatiza a supervisora.
Tecnologias simples e resultados concretos
Indústrias com restrição orçamentária podem e devem recorrer a soluções já consolidadas e acessíveis. Elaine cita, entre as principais estratégias:
- Utilização de equipamentos classificados como A pelo selo Procel, “que garantem maior eficiência em motores e sistemas industriais”.
- Implementação de inversores de frequência em motores e bombas, utilizados nos setores de alimentos, papel, celulose e mineração, pois “reduzem consumo ao ajustar a velocidade conforme a demanda”.
- Adoção de sistemas de monitoramento em tempo real, tornando “possível identificar desperdícios e ajustar processos automaticamente”.
- Investimento gradual em geração própria por placas fotovoltaicas.
Essas são medidas que já se provaram eficientes em reduzir custos sem comprometer a produção.
Economia, produtividade e segurança no mesmo ritmo
Um dos grandes desafios para as empresas é manter o tripé: economia de energia, produtividade e segurança dos trabalhadores. Para isso, Elaine de Almeida propõe combinar tecnologia, gestão e treinamento: “Com automação, é possível desligar equipamentos ociosos e otimizar horários de pico sem interromper o fluxo da produção”. O papel dos gestores aparece no “monitoramento dos indicadores de consumo, e a tomada de decisão baseada em dados”.
“A equipe capacitada opera equipamentos com mais consciência, seguindo os procedimentos e normas de segurança”, completa. A supervisora do Senai reforça qinda que “o equilíbrio parte do uso racional da estrutura já existente, associando pequenas mudanças de comportamento aos ajustes tecnológicos”.
O Senai desenvolve competências técnicas para aplicar soluções sustentáveis em consumo elétrico industrial.