Vacinação personalizada no trabalho amplia adesão e protege empresas, conheça

Campanhas adaptadas ao perfil das empresas e uso de sistemas digitais facilitam cobertura vacinal; Sesi MG integra painéis online, análise de cartão de vacinas e ações educativas, alinhando as práticas ao Ministério da Saúde e SBIm

Vacinação personalizada amplia adesão e protege empresas

Uma cena que já aconteceu em muitas empresas do país: poucos minutos após o início do expediente, técnicos de enfermagem circulam pelos setores com caixas térmicas e uma lista de nomes. Na sala reservada, entre planilhas e conversas apressadas, trabalhadores estendem o braço para receber mais que uma simples dose anual de prevenção.

Ali, o que parece rotina é parte de um processo muito importante para a manutenção da saúde: a veiculação e realização de campanhas de vacinação nas corporações, que vai além do esquema tradicional e promove um cuidado que tem a possibilidade de ser construído sob medida para cada empresa.

Logística sob medida e tecnologia

A personalização da estratégia de vacinação já pode ser realizada, hoje os programas de imunização aplicados de acordo com os perfis das empresas já são uma estratégia reconhecida, sobretudo a partir de iniciativas como a do Serviço Social da Indústria de Minas Gerais (Sesi MG).

De acordo com a coordenadora Luciana Soares Souza, “o Sesi MG oferece a Campanha de Vacinação Contra a Gripe, realizada no próprio local de trabalho ou em clínicas parceiras, com logística adaptada às necessidades de cada empresa, o que facilita o acesso dos trabalhadores”, afirmou em entrevista concedida à Itatiaia.

Esse cuidado individualizado só é possível graças à tecnologia: “Esse processo é gerenciado por um sistema online que permite o cadastro dos colaboradores, a solicitação das doses e, ao final, um painel com indicadores de cobertura vacinal”, detalhou Luciana. Não se trata apenas de registrar quem tomou a vacina, mas de monitorar de perto a cobertura e facilitar decisões futuras, algo crucial em ambientes com alta rotatividade e diversidade de funções.

Educação e atualização

Além da disponibilidade de doses, existe outro componente essencial para que a imunização aconteça: a participação do trabalhador. O Sesi MG, além da logística, promove o engajamento da equipe. Segundo Luciana, a entidade desenvolve “ações de educação em saúde voltados para as doenças preveníveis por vacina e para a importância da vacinação, com linguagem simples e direcionada ao público de trabalhadores”, informou. Esse tipo de abordagem, coerente com a recomendação dos especialistas em saúde ocupacional, combate um desafio crônico: a desinformação e o esquecimento sobre o calendário vacinal dos adultos.

Dados anteriores já indicavam que cerca de 76% dos adultos no Brasil não completavam os esquemas básicos de imunização, e apenas 7% recebiam orientação adequada. Ações educativas representam, assim, ferramenta decisiva para reverter o quadro e assegurar o impacto das campanhas.

Avaliação criteriosa

Outro avanço envolve a checagem criteriosa dos cartões de vacinação, etapa que garante eficiência e segurança às empresas. Nas palavras da coordenadora, “o Sesi MG também auxilia as empresas na avaliação da atualização do cartão de vacinas, para apoiá-las na identificação das necessidades de imunização, em alinhamento com os calendários do Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)”, explicou Luciana.

A checagem não é mero protocolo burocrático. Permite detectar lacunas em tempo real, prevenir surtos e proporcionar doses além das campanhas sazonais, como hepatite, difteria, coqueluche, febre amarela, entre outras previstas nas normativas que regem a saúde do trabalhador.

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Resultados potenciais

O impacto das campanhas personalizadas vai além da saúde biológica. Segundo a literatura técnica, empresas que investem em vacinação dentro do ambiente de trabalho colhem benefícios econômicos tangíveis: redução do absenteísmo, menor risco de licenças temporárias e aposentadorias precoces, além de se consolidarem como espaços mais seguros e produtivos.

Das experiências relatadas por profissionais e das diretrizes do Ministério da Saúde e da SBIm, emerge um consenso: campanhas adaptadas ao perfil do quadro funcional, apoiadas por sistemas inteligentes e acompanhadas de estratégias educativas, criam uma cultura positiva que transforma prevenção em produtividade.

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Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.

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