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Vacinação no trabalho: saiba como iniciativa apoia a saúde pública

Investir na imunização de trabalhadores reforça o bem-estar e contribui para metas da Organização Mundial da Saúde

A vacinação é considerada uma das ações de saúde de maior impacto na redução da mortalidade da população

Quando uma empresa investe na imunização dos seus trabalhadores, ela demonstra um compromisso que vai além do seu contexto de atuação, impactando o bem-estar coletivo. A avaliação é da coordenadora do Núcleo de Imunização do Sesi-MG, Luciana Soares Souza. Para ela, a vacinação corporativa é uma aliada estratégica da saúde pública.

“Além de ajudar a aumentar a cobertura vacinal, protegendo as pessoas da comunidade em que estão inseridas, ao promover a vacinação, essas organizações também apoiam o Programa Nacional de Imunização (PNI)”, disse a especialista à Itatiaia.

Impacto na saúde pública

A vacinação é considerada uma das ações de saúde de maior impacto na redução da mortalidade. Globalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a imunização previne de 3,5 a 5 milhões de mortes anuais. Luciana Souza reforça que uma cobertura vacinal ampla diminui a ocorrência de doenças e o risco de agravamento, o que, por consequência, “reduz internações e óbitos”.

Contribuição para metas globais

Ao incentivar a imunização, as companhias se engajam no cumprimento de metas internacionais, como o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 (ODS 3) da Organização das Nações Unidas (ONU), que visa “assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar”. A iniciativa, de acordo com a coordenadora do Sesi-MG, “reforça o papel da vacinação como uma estratégia para prevenir doenças evitáveis”.

Como as empresas podem atuar

Para a especialista do Sesi-MG, as empresas podem facilitar o acesso dos trabalhadores aos imunizantes de diversas formas:

  • Ofertando a vacinação no próprio local de trabalho;
  • Permitindo horários flexíveis para que seus trabalhadores se vacinem nos postos de saúde;
  • Promovendo uma comunicação clara e acessível sobre a importância da imunização.
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Entendendo a baixa adesão

A “comunicação clara” citada pela especialista é fundamental para superar a hesitação vacinal. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um guia detalhado sobre o tema.

O relatório, intitulado “Behavioural and social drivers of influenza vaccination: Tools and practical guidance for achieving high uptake” (Fatores comportamentais e sociais da vacinação contra a influenza: Ferramentas e orientação prática para alcançar alta adesão, em tradução livre), publicado em 2025, analisa os fatores que influenciam a decisão das pessoas em se vacinar.

O documento da OMS, suplementar aos guias de COVID-19 e vacinação infantil, visa ajudar gestores de programas a entender as razões da baixa adesão. Os motivos, segundo o estudo, são divididos em quatro domínios:

  • Pensamento e sentimento: A percepção de risco da doença e a confiança na segurança e benefícios da vacina.
  • Processos sociais: Normas sociais e a recomendação de profissionais de saúde.
  • Motivação: A intenção e a disposição para se vacinar.
  • Questões práticas: Barreiras de acesso, custos e a qualidade do serviço.

Compreender esses fatores permite que as empresas ajustem suas campanhas internas para serem mais eficazes, alinhando a estratégia de saúde corporativa à responsabilidade social.

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Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.