A relação entre Saúde e Segurança do Trabalho (SST) e compromissos ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança) está cada vez mais evidente nas empresas brasileiras.
De acordo com Tiago José da Costa Ferreira, especialista em Segurança e Saúde para a Indústria do Sesi-MG, a integração entre essas duas agendas deixa de ser uma tendência para se tornar um requisito de competitividade, transparência e responsabilidade corporativa.
“A gestão de SST fortalece as práticas ESG ao proteger e valorizar as pessoas, promovendo segurança, saúde e bem-estar no ambiente de trabalho”, afirma à Itatiaia.
Para o especialista, esse é o eixo central do pilar Social. Já no campo da Governança, a SST atua “por meio de uma política sólida, estruturada e alinhada à gestão de pessoas e processos”.
Como cada pilar ESG se conecta às práticas de SST
Segundo Tiago, as ações de SST contribuem diretamente para os três pilares da agenda ESG. No Ambiental, isso ocorre a partir do foco na prevenção a acidentes que podem gerar impactos ambientais, além da gestão de resíduos e produtos perigosos.
No Social, a SST atua na preservação da integridade física, saúde e o bem-estar dos empregados, fortalecendo as práticas de prevenção e a qualidade de vida.
Já a Governança se beneficia da conformidade legal, procedimentos claros, transparência e responsabilidade corporativa na gestão de SST.
Indicadores que reforçam transparência e responsabilidade
Parte essencial da integração entre SST e ESG está na mensuração. Entre os indicadores que podem ser incorporados aos relatórios de sustentabilidade, Tiago destaca:
Número de treinamentos de SST planejados x realizados por colaborador;Quantidade de inspeções de segurança programadas x realizadas;Avaliações de risco por área ou processo;Taxas de frequência e gravidade de acidentes;Desvios registrados x desvios tratados.
Esses dados permitem comparar desempenho, acompanhar avanços e orientar investimentos preventivos, tudo alinhado às diretrizes de governança.
Desafios que ainda travam o avanço
Apesar dos ganhos claros, muitas empresas ainda esbarram em obstáculos. Segundo Tiago, um dos maiores entraves é que “muitas organizações ainda veem as práticas de prevenção de acidentes como um custo, em vez de um investimento estratégico”.
Ele também cita problemas como falta de cultura de segurança, processos pouco estruturados e baixa mensuração de resultados, fatores que impedem a conexão plena entre segurança e sustentabilidade.
Vantagens competitivas para quem integra SST e ESG
Quando essa integração acontece, os benefícios são visíveis. Entre eles: fortalecimento da reputação, ambientes de trabalho mais seguros, atração e retenção de talentos e redução de riscos ocupacionais e passivos legais.
Tiago reforça que alinhar SST aos compromissos ESG gera também eficiência operacional. Empresas que estruturam processos, monitoram riscos e promovem ambientes mais seguros tendem a produzir melhor, com menos interrupções e menos perdas.
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