A energia na indústria já é utilizada para agregar valor a diversos produtos. Com as mudanças climáticas cada vez mais evidentes, empresas que contribuem para a descarbonização, a transição energética e o consumo de fontes renováveis podem obter certificações especiais e se tornar mais atrativas no comércio exterior.
Além disso,
“Essa produção de energia pelas próprias empresas tem se intensificado nos últimos anos. Um dos principais fatores é justamente o custo da energia da rede. A gente tem visto uma migração muito forte para o que chamamos de produtores independentes, indústrias que produzem a própria energia. No caso das empresas menores, há também a migração para a geração distribuída. Esse movimento é forte, mas está muito focado no custo da energia e na competitividade final dos produtos dessas empresas”, afirma Roberto.
Roberto Wagner Pereira, gerente de Energia da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
E não é preciso ser uma grande indústria para se preocupar com energia e meio ambiente. Proprietário da Mono Beauty, uma indústria de cosméticos na região do Barreiro, em Belo Horizonte, Renan Bittencourt, 41 anos, conta que, após instalar placas solares na fábrica, reduziu em 75% a conta de luz, que era de cerca de dois mil reais por mês e agora não passa de R$400 reais. Segundo ele, as placas e outras iniciativas de preservação ambiental têm ajudado a certificar o próprio produto como de baixa emissão de poluentes.
“Há cerca de seis meses, trouxemos esse estudo para a empresa e já estamos gerando menos resíduos e reduzindo a emissão de carbono. Uma das medidas foi a instalação das placas solares. Já estamos estudando um certificado para zero emissão de carbono e outro que está em processo, relacionado à reciclagem de embalagens”, detalha Renan.
Renan Bittencourt, proprietário da Mono Beauty

