CEO da Stellantis: ‘Tarifas são realidade, mas EUA agregam competitividade na indústria’

CEO global da Stellantis, Antonio Filosa, disse que mudanças na regulamentação americana favoreceram a indústria automotiva

O CEO global da Stellantis, Antonio Filosa, disse que as tarifas dos Estados Unidos são uma realidade que a empresa precisa gerenciar, mas afirma que o governo Donald Trump tem realizado alterações na regulamentação que agregam competitividade ao setor. Em entrevista à CNN Money, nesta quarta-feira (19), o executivo afirma que para além da sobretaxa houve uma série de flexibilizações para a indústria automotiva.

Filosa classifica a política comercial dos EUA como uma variável a mais na equação do negócios da Stellantis, uma das maiores montadoras do mundo e dona de marcas como a Fiat e Jeep. “Quando falamos de Estados Unidos, obviamente a gente entende o desejo da administração local de promover a atividade industrial dentro dos Estados Unidos”, disse.

“É por isso que chegaram as tarifas, mas junto com as tarifas chegaram uma série de flexibilizações na indústria automotiva, sobretudo nas emissões de CO2, que tiraram custo [da produção]. A equação funciona porque temos regulamentações muito mais flexíveis que em outros países, por exemplo, na Europa”, afirmou.

Segundo Filosa, a flexibilização permite o crescimento da competitividade na medida em que se investe na atividade industrial do país. O executivo ressalta ainda que a Stellantis pretende fazer um investimento de US$ 13 bilhões nos próximos 4 anos nos EUA. “Enxergamos esse crescimento pautado nas flexibilidades que foram introduzidas”, disse.

Leia também

Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

Ouvindo...