A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que a decisão dos Estados Unidos de
Segundo a entidade, a medida abre espaço para que nações isentas da tarifa ampliem sua presença no mercado norte-americano, enquanto o Brasil segue enfrentando barreiras para exportar itens do agronegócio. “Países que não enfrentam essa sobretaxa terão mais vantagens que o Brasil para vender aos americanos. É muito importante negociar o quanto antes um acordo para que o produto brasileiro volte a competir em condições melhores no principal destino das exportações industriais brasileiras”, diz Ricardo Alban, presidente da CNI, em nota.
A análise preliminar da confederação aponta que a ordem executiva assinada pelo governo norte-americano
Mesmo assim, apenas quatro produtos brasileiros (três tipos de suco de laranja e castanha-do-pará) ficarão totalmente livres de taxas. Os outros 76 itens, entre eles segmentos nos quais o Brasil é relevante, como carne bovina e café não torrado, seguirão enfrentando a cobrança adicional de 40% para entrar no mercado dos EUA.
De acordo com dados da própria CNI, as exportações desses 80 produtos para o mercado norte-americano
Avaliação da Fiemg
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) considerou a redução das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a importações brasileiras como
“É um passo importante, mas ainda insuficiente. A decisão mostra disposição ao diálogo, porém é necessário avançar mais para remover todas as barreiras adicionais e restabelecer condições adequadas de competitividade para a indústria mineira”, afirmou o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe. Ele classificou a medida como um passo relevante para a retomada das relações entre Brasil e Estados Unidos, mas reforçou que avanços posteriores precisam ser feitos.
Relações diplomáticas
O recuo de Trump acontece em um momento de distensionamento nas relações entre Brasil e Estados Unidos. Em agosto, o
A guerra comercial foi agravada pelos tons políticos evidenciados na decisão de Trump, que chegou a citar o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) em seu decreto e o classificou como um perseguido da Justiça.
As decisões foram tomadas enquanto o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Paulo Figueiredo atuavam nos Estados Unidos para articular punições contra autoridades brasileiras. A dupla comemorou e se atribuiu responsabilidade sobre medidas como a
Em 23 de setembro, Trump e Lula se encontraram nos bastidores da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e
* Informações com CNN