Garantir eficiência energética e segurança nas instalações elétricas é um desafio que exige conhecimento técnico, planejamento e atualização constante. Segundo Jefferson Alvarenga, supervisor técnico do STI (Serviços de Tecnologia e Inovação) do Senai-MG, as boas práticas começam muito antes da operação, na concepção dos projetos elétricos.
“Projetos bem dimensionados evitam sobrecargas, subdimensionamentos e perdas por efeito Joule, o que garante o uso eficiente da energia e aumenta a vida útil dos equipamentos”, explica Alvarenga à Itatiaia.
Além disso, o especialista destaca o uso de equipamentos de alta eficiência, como motores com selo Procel, inversores de frequência, iluminação LED e transformadores de baixo nível de perdas. Outro ponto essencial é a manutenção preventiva e as inspeções regulares, que envolvem a verificação de conexões, isolamentos, aterramentos e dispositivos de proteção.
“Também é fundamental seguir as normas técnicas, como a NBR 5410, a NR-10 e a NBR 5419, além de investir na capacitação dos profissionais, para garantir práticas seguras e eficientes”, completa.
Inovação e monitoramento em tempo real
Com o avanço da Internet das Coisas (IoT) e da digitalização industrial, a manutenção elétrica deixou de ser apenas corretiva ou preventiva e passou a ser preditiva. Essa mudança é impulsionada por sensores inteligentes, sistemas SCADA e plataformas em nuvem.
Essas ferramentas permitem monitorar, em tempo real, variáveis como temperatura, corrente e vibração, identificando anomalias antes que causem falhas.
“Hoje, é possível prever quando um componente vai falhar usando algoritmos de inteligência artificial e aprendizado de máquina, o que reduz paradas não programadas e aumenta a produtividade”, afirma o técnico do Senai-MG.
Aplicativos móveis também têm ganhado espaço, permitindo que gestores e técnicos acompanhem indicadores de desempenho e alertas de manutenção diretamente no celular.
Materiais mais eficientes e sustentáveis
Outra frente de inovação está nos materiais e componentes elétricos. Segundo Alvarenga, novas ligas metálicas e nanomateriais estão contribuindo para reduzir perdas resistivas, enquanto isolantes avançados oferecem maior resistência térmica e dielétrica.
“Hoje, temos motores e transformadores com núcleos de aço silício de grão orientado e sistemas de refrigeração aprimorados, o que melhora a eficiência e reduz o consumo”, observa.
Além da performance, há também uma preocupação crescente com o meio ambiente. Componentes ecológicos como cabos e painéis elétricos livres de halogênio e materiais recicláveis estão se tornando tendência nas indústrias mais modernas.
O futuro da eletricidade: redes inteligentes e energia limpa
A transição para fontes renováveis e a integração de redes inteligentes (smart grids) estão redefinindo o cenário elétrico brasileiro. Segundo o especialista, a geração solar e eólica seguem em forte expansão, impulsionadas por sistemas fotovoltaicos distribuídos e políticas públicas voltadas à descarbonização.
“Os consumidores estão se tornando também geradores de energia, o que fortalece o sistema elétrico e o torna mais resiliente”, explica Alvarenga.
Com a evolução tecnológica e a consolidação de práticas mais sustentáveis, o futuro da eletricidade caminha para um modelo mais inteligente, eficiente e ambientalmente responsável, um cenário em que o conhecimento técnico e a inovação caminham lado a lado.
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