O avanço regulatório e tecnológico do armazenamento de energia tem ampliado seu uso em diferentes soluções elétricas, aponta o Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE), realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). As novas aplicações reforçam o papel das baterias no sistema, permitindo desde a operação autônoma de microrredes até a formação de usinas virtuais capazes de coordenar recursos distribuídos.
Segundo o estudo, as microrredes podem operar de forma isolada em caso de falhas na rede principal, garantindo maior confiabilidade, qualidade de energia e continuidade do funcionamento de fontes renováveis.
Outra frente em expansão são os agregadores, que utilizam plataformas centralizadas para controlar diversos recursos energéticos distribuídos como se fossem uma única usina virtual (VPP), otimizando a operação e fornecendo serviços adicionais ao sistema elétrico.
O documento também destaca o potencial do Vehicle-to-Grid (V2G), tecnologia que permite o fluxo bidirecional de eletricidade entre veículos elétricos e a rede, contribuindo para suavizar variações de carga, reduzir custos e ampliar a flexibilidade do consumidor.
As chamadas “virtual power lines” surgem como alternativa para aliviar restrições da rede, utilizando grandes sistemas de baterias conectados ao sistema elétrico para deslocar energia conforme a demanda. De acordo com o estudos, as soluções reforçam o papel estratégico do armazenamento em um cenário de crescente descentralização e maior necessidade de eficiência e segurança no fornecimento.

