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Grande BH segue padrão nacional e tem alta na inflação em setembro

Prévia da inflação voltou a subir na Região Metropolitana de Belo Horizonte após um agosto de queda no índice de preços

Inflação na região também foi impulsionada pelo preço da conta de luz

A prévia da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA) também registrou alta na Região Metropolitana de Belo Horizonte em setembro, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25). A grande BH teve um aumento de 0,25% no índice de preços neste mês, após uma deflação de -0,23% em agosto.

Assim como no resultado nacional, a inflação foi puxada pelo grupo habitação, que teve um crescimento de 3,88%, ante uma deflação de 1,49% em agosto. O dado foi impactado pelo custo da energia elétrica residencial, que cresceu 10,41% no mês, enquanto em agosto os preços caíram em 5,46%.

O aumento no item já era esperado, uma vez que o preço da conta de luz no mês passado contava com um desconto médio de R$ 11,59 devido ao bônus da Usina de Itaipu. No Brasil o grupo habitação teve uma alta de 3,31% após deflação de 1,13% em agosto. A energia residencial, que teve queda de 4,93% em agosto, voltou a subir a 12,17%.

“O motivo foi a devolução do bônus Itaipu, que deu descontos na conta de energia elétrica em agosto. Além disso, tivemos o acionamento da bandeira vermelha patamar 2”, explicou André Valério, economista-sênior do banco Inter.

No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 em Belo Horizonte teve uma alta de 5,3%. O grupo de preços habitação teve um aumento de 8,68%, também impulsionado pela energia elétrica, que registrou aumento de 14,7%.

Alimentos seguem em queda na região

Apesar da alta geral, a inflação caiu para o grupo alimentação. A média de preços teve uma deflação de 0,41% em setembro, mas desacelerou se comparado com a queda de 0,80% em agosto. No acumulado de 12 meses, o índice teve um crescimento de 6,28%.

O tomate liderou a queda com uma variação negativa de 15,11% nos preços. Porém, o produto já acumula uma alta de 32,67% nos últimos 12 meses. Ele é seguido pelo mamão, que caiu 13,76%, mas acumula uma queda de 20,38% nos preços no período estendido. A batata-inglesa também caiu em 4,31%, acumulando uma deflação de 43,27%

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.