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Porém, a médio e longo prazo, o efeito econômico das tarifas americanas devem afetar de forma significativa a economia, caso não haja novos recuos ou não termine a tensão entre o Brasil e o país norte-americano.
O economista acredita ainda que a ajuda do governo brasileiro aos setores afetados, anunciada nesta quarta-feira (13), pode ter efeitos fiscais e barrar tentativas do Comitê de Política Monetária (Copom) em abaixar índices ligados à inflação.
A afirmação ocorreu em entrevista à Itatiaia durante uma palestra no evento Infrabusiness Expo 2025, que acontece em Belo Horizonte.
“A curto prazo a gente deve ter um impacto pequeno, a gente estima que o impacto não seja tão grande, porque a economia brasileira é fechada para o comércio internacional de modo geral, a gente tem baixa exposição para o mercado americano em termos de exportações totais, mas a gente vai ter um impacto significativo em alguns setores que têm sido ajudados pelo governo como foi anunciado hoje”, destaca.
O economista frisa que, se não forem revertidas as tarifas a médio prazo, o impacto na economia pode ser maior, devido à perda de parceiros comerciais. “Então, a curto prazo, a gente acha que esse impacto é menor, mas a médio e longo prazo, pode ser mais significativo, e aí entra a questão também dessas ajudas que podem ter efeitos secundários, principalmente pressionando a situação fiscal, que já está numa situação frágil, então a gente pode ter efeitos de piorar as expectativas, o que poderia no limite até mesmo dificultar o ciclo de cortes por parte do Copom se a percepção fiscal piorar”, pondera.