‘Sofri um golpe, e agora?’: Governo lança plano contra fraudes bancárias

Portal do Ministério da Justiça, em parceria com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) vai orientar a população contra golpes financeiros

Plano foi lançado pelo governo federal nesta quarta-feira (3)

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) lançaram, nesta quarta-feira (3), o plano de ação conjunto para o combate a fraudes bancárias digitais. A iniciativa faz parte da Aliança Nacional de Combate a Fraudes, firmada em fevereiro, por meio de um acordo de cooperação técnica entre as duas instituições.

Segundo o ministro Ricardo Lewandowski, o plano surgiu pela necessidade de uma resposta coordenada inteligente do estado, em parceria com a sociedade civil e as entidades financeiras, contra os crimes digitais.

“O crime [digital] é um fenômeno extremamente complexo e relativamente novo, na dimensão e natureza assumidas nos anos mais recentes, e deve ser estudado mais a fundo por sociólogos, economistas, cientistas políticos e autoridades, em geral, especialmente, pelas forças de segurança”, disse o ministro.

O plano vai consolidar 23 iniciativas prioritárias para a atuação do estado e sociedade civil, desde a prevenção e educação do consumidor, passando pela repressão e recuperação de ativos. Como uma das primeiras entregas da parceria, foi lançado o site “Sofri um golpe, e agora?”, uma página virtual hospedada dentro da plataforma Gov.br.

A página possui dez trilhas com as condutas criminosas mais recorrentes, com orientação às vítimas e contribuições para a prevenção de crimes. O portal possui um menu para ajudar o cidadão em situações de golpe financeiro, orientando, por exemplo, o contato com os bancos por meio de canais oficiais, além de um passo a passo de como proceder em situações semelhantes.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, destacou a cooperação como o principal diferencial no combate ao crime organizado digital. Segundo ele, os elos da cadeia precisam estar alinhados para proteger os espaços mais vulneráveis do setor.

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“O setor bancário precisa que todos os elos que integram a cadeia da indústria financeira estejam absolutamente alinhados, porque a criminalidade digital busca exatamente o elo mais vulnerável, o mais frágil. Com essa aliança nós temos uma expectativa muito positiva de que estamos na direção correta”, afirmou.

Entre os temas abordados pelo site da aliança, estão golpes no Pix, invasão de contas bancárias, boletos e ofertas falsas, compras indevidas com o cartão, dentre outros. Segundo a assessora especial do MJSP, Betina Gunther, o conteúdo poderá ser expandido conforme o surgimento de novos crimes.

“São dez trilhas e cada uma delas leva a uma série de passo a passo para a sociedade. Este serviço disponibiliza informação e apoio, no momento em que cada um de nós ou conhecidos podem cair em um golpe”, destacou.

Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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