De acordo com ele, o óleo diesel brasileiro pode entrar no radar dos americanos caso a escalada de atritos entre Estados Unidos e Rússia continue, colocando o país em meio à tensão.
Valério afirmou que o Brasil hoje tem a Rússia como responsável de 60% da nossa importação de óleo diesel, e os Estados Unidos têm feito pressões econômicas em países que mantêm relações comerciais com o país russo.
Ainda conforme Valério, somente uma boa negociação poderia antever e evitar uma possível retaliação ao óleo diesel.
“É um fator que preocupa, porque a gente vê os Estados Unidos usando desse artifício para punir outros países. Eles já puniram a Índia por ter relações comerciais com a Rússia, colocaram uma tarifa adicional de 25%, além da inicial, então eles poderiam fazer o mesmo com o Brasil”, destaca.
Ele reforça que, se não houver uma negociação bem sucedida, o governo de Donald Trump poderia usar isso como “chantagem” contra as tratativas brasileiras. “A gente está bastante disposto, porque atualmente, o que a gente importa de óleo diesel, 60% vem da Rússia, e não é algo que a gente consegue substituir tão facilmente, então geraria impactos na inflação se a gente pagar”, defende.
“Parar de importar esse óleo diesel teria um impacto significativo na inflação de combustíveis, ela é relevante para o IPCA, ela é relevante para o consumidor, ela é relevante para a atividade produtiva, principalmente o óleo diesel, então é um fator que nos deixa expostos a uma nova rodada de retaliação por parte dos Estados Unidos”, afirmou.