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Dólar abre em alta e mercado acompanha dados econômicos e condenação de Bolsonaro

Moeda sobe 0,13% na abertura, enquanto Ibovespa inicia dia estável após recorde histórico

Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,27%, cotada em R$ 5,3920

O dólar abriu em alta nesta sexta-feira (12), avançando 0,13%, cotado a R$ 5,399. Na véspera, a moeda havia recuado 0,27%, a R$ 5,3920. Já o Ibovespa inicia o pregão estável, às 10h, após bater recorde histórico na quinta-feira (11), quando subiu 0,56%, a 143.150 pontos.

O mercado acompanha novos dados econômicos do Brasil e dos Estados Unidos, além de possíveis reações do governo Trump à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na véspera, os mercados reagiram com otimismo a dados de emprego e inflação nos EUA, que aumentaram as chances de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana.

Nesta sexta, os investidores aguardam os números da confiança do consumidor em setembro e o relatório sobre oferta e demanda de commodities agrícolas.

Julgamento de Bolsonaro

A Primeira Turma STF formou maioria nesta quinta-feira para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por todos os crimes dos quais foram acusados pela Procuradoria-Geral da República na Trama Golpista.

Foram 4 votos contra 1, com os ministros Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Flávio Dino votando pela condenação de Bolsonaro, seus ex-auxiliares e militares. Os crimes incluem:

  • Golpe de Estado
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Organização criminosa
  • Dano qualificado contra patrimônio da União
  • Deterioração de patrimônio tombado

No caso do réu Alexandre Ramagem, ele é o único que os ministros estão excluindo de dois crimes: dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração do patrimônio tombado.

Os oito réus são:

  • Jair Bolsonaro: ex-presidente da República
  • Walter Braga Netto: general, ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa do ex-presidente
  • Mauro Cid: tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator
  • Almir Garnier: ex-comandante da Marinha
  • Alexandre Ramagem: ex-diretor da Abin e deputado federal
  • Augusto Heleno: general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
  • Paulo Sérgio Nogueira: general e ex-ministro da Defesa
  • Anderson Torres: ex-ministro da Justiça

O mercado já considerava a condenação inevitável, mas teme novas retaliações comerciais dos EUA, que recentemente aplicaram tarifas adicionais ao Brasil citando o julgamento.

Serviços no Brasil

O IBGE divulgou que os serviços prestados no Brasil cresceram 0,3% em julho, em linha com as expectativas. Foi a sexta alta seguida do setor.

Na comparação com julho de 2024, o avanço foi de 2,8%, acima da previsão de 2,6%, alcançando o maior nível da série histórica.

Três das cinco atividades pesquisadas cresceram:

Segundo o IBGE, o recuo em transportes foi puxado pela diminuição nas receitas do transporte aéreo, após cinco meses de alta.

Bolsas globais

Em Wall Street, os índices operam estáveis nesta sexta, após recordes na véspera. Hoje, os contratos futuros apresentam leve queda:

  • S&P 500: -0,13%
  • Nasdaq 100: -0,06%
  • Dow Jones: -0,16%

Na Europa, os mercados têm instabilidade, com queda em ações de saúde e expectativa sobre a nota de crédito da França.

  • Londres: +0,31%
  • Frankfurt: -0,30%
  • Paris: -0,44%
  • Milão: -0,06%

Na Ásia, os resultados foram mistos:

  • Xangai: -0,12%
  • CSI300: -0,57%
  • Hong Kong: +1,16%
  • Tóquio: +0,89%
  • Seul: +1,54%

(Sob supervisão de Aline Campolina)

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Izabella Gomes é estagiária na Itatiaia, atuando no setor de Jornalismo Digital, com foco na editoria de Cidades. Atualmente, é graduanda em Jornalismo pela PUC Minas