O mercado de trabalho brasileiro registrou o pior outubro na
Em outubro, foram 2.271.460 contratações em carteira assinada, e 2.186.313 demissões. Com o resultado, o país registrou um acumulado de 1,8 milhão de novos vínculos formais em 2025, um crescimento de 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Porém, se comparado com o mesmo mês do ano passado, os dados mostram uma desaceleração do mercado de trabalho com uma queda de 35%. Em outubro de 2024, foram criados cerca de 131,6 mil empregos com carteira assinada. Os dados também mostram o pior resultado para o mês
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o resultado ruim para o mês é justificado pela alta taxa básica de juros, atualmente fixada em 15% ao ano. O patamar da Selic está mantido pelo Banco Central com o objetivo de levar a inflação para o centro da meta de 3%, uma vez que o índice de preços está calculado em 4,68%.
“Venho chamando atenção desde maio, para a necessidade do BC, que tem a responsabilidade de monitoramento, que era preciso olhar com atenção, que a economia ia entrar num processo de desaceleração. Isso que tem inibido o ritmo de investimento’, disse.
Os dados inclusive vieram abaixo do esperado pelo mercado financeiro, que previa a geração de 110 mil novas vagas formais. Segundo o economista sênior do Inter, André Valério, o resultado é fruto de uma estabilidade na admissão, enquanto houve um aumento significativo de demissões em outubro - 110 mil a mais do que o observado em setembro.
“Apenas o setor de serviços e de comércio apresentaram adição de empregos no mês, com a indústria e o agro destruindo 10 mil empregos, cada. O resultado de outubro reforça a tendência de acomodação na margem do emprego. As últimas leituras da Pnad já indicam estabilidade na taxa de desocupação pelos últimos 3 meses, sugerindo que o mercado de trabalho está próximo do pico”, explicou o especialista.