Belo Horizonte registrou a segunda maior inflação acumulada entre 16 capitais pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2024.
Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (10), os preços na capital mineira tiveram variação média de 5,96%. Trata-se de um valor 1,16 ponto porcentual acima do registrado em todo o país (4,83%).
BH ficou atrás apenas de São Luís (MA). A capital maranhense teve uma inflação acumulada de 6,51% em 2024. No “pódio” do IPCA, Goiânia (GO) ficou em terceiro lugar, com 5,56%.
Veja, abaixo, a lista das variações da inflação em capitais em 2024:
- São Luís (MA): 6,51%
- Belo Horizonte (MG): 5,96%
- Goiânia (GO): 5,56%
- Campo Grande (MS): 5,06%
- São Paulo (SP): 5,01%
- Fortaleza (CE): 4,92%
- Rio Branco (AC): 4,91%
- Média Brasil: 4,83%
- Aracaju (SE): 4,81%
- Belém (PA): 4,7%
- Rio de Janeiro (RJ): 4,69%
- Salvador (BA): 4,68%
- Curitiba (PR): 4,43%
- Recife (PE): 4,36%
- Vitória (ES): 4,26%
- Brasília (DF): 3,93%
- Porto Alegre (RS): 3,57%
O IPCA fechou 2024 em 4,83%, acima do teto da meta e dos 4,62% registrados em 2023. A meta para a inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), era de 3% em 2024, com tolerância entre 1,5% e 4,5%. O objetivo havia sido descumprido pela última vez em 2022, quando o IPCA fechou em 5,79%.
Com o resultado acima do teto, o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, terá que enviar uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos do estouro.
De acordo com o IBGE, a inflação foi pressionada pelo grupo de Alimentação e Bebidas, que registrou alta de 7,69% em 12 meses e contribuiu com 1,63 ponto percentual (p.p.) para o resultado do ano.
As altas nos grupos de Saúde e Cuidados Pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%) também influenciaram o IPCA do ano. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 65% da inflação de 2024.
Já a gasolina foi o subitem que teve o maior impacto individual (0,48 p.p.) entre os 377 pesquisados pelo IBGE e ficou 9,71% mais cara no ano. Ela foi seguida pelo plano de saúde, com alta de 7,87%, e refeição fora de domicílio, que avançou 5,70% em 12 meses.
Por outro lado, a volatilidade nos preços de alguns subitens ajudaram a segurar a inflação. É o caso das passagens aéreas, que terminaram 2024 com queda acumulada de 22,20%, e um impacto negativo de 0,21 ponto percentual.
O tomate e a cebola, que registraram recuo de 25,86% e 35,31%, respectivamente, também influenciaram o resultado negativamente em 0,07 ponto percentual.