Amigas e amigos do Agro,
A decisão do presidente Milei, da Argentina, de zerar os impostos retidos na fonte sobre exportações da soja, milho e carnes, chamados de “retenciones”, pode prejudicar o comércio da soja entre China e Brasil.
A medida do governo Milei entra em vigor nesta terça-feira (23) e vai até o dia 31 de outubro, já tendo causado impacto na cotação em queda da soja nessa segunda (22) na Bolsa de Chicago. A intenção com a retirada de tarifas é fortalecer as reservas de dólares na Argentina, segundo o presidente portenho.
Foram retirados 20% dos impostos do milho e da soja na tentativa de chamar a atenção dos chineses com grãos mais baratos que os brasileiros.
As carnes tiveram corte de 26%, atraindo interesses dos chineses e americanos. Além disso, Donald Trump tem rodeado Xi Jinping em busca de novos acordos tarifários, de olho em uma cota da soja que diminuiria nosso volume exportado para a China.
Carne bovina tem menor consumo em setembro e preços se acomodam
A carne bovina brasileira continua batendo marcas na exportação, enquanto o consumo interno cai e acomoda o preço da arroba.
A carne bovina terá alta maior em dezembro e janeiro, com tendência de preços mais elevados ano que vem. Enquanto a arroba do boi despenca, o valor do bezerro dispara, automaticamente subindo o valor da fêmea. Assim vai se formando o preço da carne para 2026.
Menos fêmeas para o abate é sinônimo de um volume menor de carne no mercado. Menos oferta, preços sobem!
Enquanto isso, no mercado interno, depois de algumas ameaças, houve uma disparada nos preços do feijão carioca de primeira qualidade. O feijão preto continua barato como antes. Já o feijão carioca vai mexer no bolso do consumidor ainda esta semana.
Itatiaia agro, Valdir Barbosa!