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Governo e MST ameaçam o agro a todo momento

Na Bahia, Lula confirma o racha com o Agronegócio voltando a chamar produtores de facistas e negacionistas e gente mau-caráter

Depois do confronto com os organizadores da Agrishow, em Ribeirão Preto, representantes do governo visitaram a Feira de Alimentos do MST que ocorre anualmente na região oeste da capital paulista.

Lá, ficaram a vontade com direito a cafezinho entre o vice-presidente Geraldo Alkimin e os líderes do movimento e discurso, sob aplausos, do Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

O ministro reafirmou que esse mês será lançado o novo programa de reforma agrária, com o governo redistribuindo terras que estão nas mãos do INCRA. Financiamento e assistência técnica aos assentados serão oferecidos.

As críticas do ministro ao agronegócio fogem completamente ao livre mercado, ou seja, o direito de produzir comercializar aquilo que o produtor entender que é o melhor para sua atividade.

O governo demonstra de forma clara que não consegue compreender a importância da agropecuária brasileira, querendo ou não, uma referência mundial e com muita responsabilidade de participar ativamente na segurança alimentar do Brasil e do planeta.

Se temos problemas com pobreza e muitos brasileiros não tem uma alimentação adequada, o problema não é do agronegócio! É uma questão de administração pública que não consegue subir as classes sociais de patamar. Em síntese, melhorar o padrão de vida de uma grande maioria dos brasileiros.

Os alimentos estão à disposição do consumidor, não há nenhuma ameaça de desabastecimento. Agora, como o governo nunca fez o produtor também não tem a obrigação de distribuir alimentos gratuitamente. Tudo tem um custo e os impostos são as vezes absurdos.

O ministro voltou a tecer sérias críticas ao agropecuarista brasileiro comparando seus produtos aos que vêm do MST, como exemplo: suco de uva sem trabalho escravo, referindo-se aos produtores de vinhos no Rio Grande do Sul. Produtos do MST não tem agrotóxicos, maior produtor de arroz orgânico da América Latina.

Não podemos diferenciar a classe de produtores e muito menos por ideologia negar os pontos positivos da produção agrícola do MST. Só que não podemos tentar convencer a população que são recordistas nas colheitas e que são a solução para o país.

Numa das próximas colunas vou abordar números da produção do MST, que é muita pequena mas merecedora de elogios assim como todos aqueles que compõem a agricultura familiar.

Lula quer fazer inveja nos “mau-caráter” de São Paulo

Antes de mais nada, devo dizer que que o plural de mau-caráter é maus-caracteres.

O clima vai ficando cada dia mais tenso entre o agropecuarista e o governo federal. Foi grande a repercussão do discurso do Presidente

Lula na Bahia, quando ele reafirmou que “facistas e negacionistas impediram a ida do Ministro Carlos Fávaro a Agrishow, em Ribeirão Preto.”

Tudo bem! Houve um desencontro nada confortável entre a direção da Agrishow e o Ministro da Agricultura.

Mas a ExpoZebu, em Uberaba, no mesmo fim de semana não teve um representante do governo federal e o convite foi feito pessoalmente em Brasília pela ABCZ - Associação Brasileira dos Criadores de Zebu -

Era tradição a presença do presidente da república na cerimônia de abertura da ExpoZebu.

Produtor rural no município de Bambuí, em Minas Gerais, foi repórter esportivo por 18 anos na Itatiaia e, por 17 anos, atuou como Diretor de Comunicação e Gerente de Futebol no Cruzeiro Esporte Clube. Escreve diariamente sobre agronegócio e economia no campo.
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