Ouvindo...

TRE-MG rejeita ação que pedia cassação de vereador de BH

Para juízes, não ficou comprovado que Wesley teve participação na montagem da chapa do PROS

Ação de ex-vereador pedia a cassação de mandato de Wesley da Autoescola

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) rejeitou, por unanimidade, uma ação que acusava o vereador Wesley da Autoescola (PP), de Belo Horizonte, de ter se beneficiado do uso de candidaturas laranjas de candidatas mulheres na eleição de 2020.

Segundo a ação, feita pelo ex-vereador Edmar Branco (PSB), a chapa montada pelo PROS contaria com candidatas “laranjas’’, colocadas com o objetivo de cumprir a cota de participantes femininas, e ligadas a assessores de Wesley da Autoescola. O processo pedia que o vereador perdesse o mandato.

Na peça inicial, Edmar Branco alegava que parte das candidaturas de mulheres do PROS à Câmara seriam falsas, com o intuito único de preencher a cota mínima da legislação eleitoral. O ex-vereador argumenta que boa parte das candidaturas supostamente fictícias seriam de pessoas ligadas a Wesley e assessores de seu gabinete.

Segundo avaliação dos juízes do TRE-MG, no entanto, não ficou comprovado que Wesley teve participação na montagem da chapa e, por isso, não poderia ser responsabilizado.

Lucas Ragazzi é jornalista investigativo com foco em política. É colunista da Rádio Itatiaia. Integrou o Núcleo de Jornalismo Investigativo da TV Globo e tem passagem pelo jornal O Tempo, onde cobriu o Congresso Nacional e comandou a coluna Minas na Esplanada, direto de Brasília. É autor do livro-reportagem “Brumadinho: a engenharia de um crime”.