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PP quer ‘porteira fechada’, mas aposta dentro da Caixa é que partido consiga 8 das 12 vice-presidências

Declarações de Arthur Lira são vistas no interior do banco como forma de pressão para que Lula entregue a presidência e todas as vices ao Progressistas

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está negociando cargos na Caixa Econômica Federal em troca de apoio para aprovação de pautas prioritárias para o governo no Congresso Nacional. O Partido Progressistas, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, quer, além da presidência, as 12 vice-presidências da estatal e as diretorias. A reivindicação pela entrega do banco de “porteira fechada” está gerando alvoroço dentro da instituição e na atual base de Lula. Lira disse em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, que esse foi o acordo feito.

No entanto, substituir as 12 vice-presidências do banco fere indicações que haviam sido feitas por parlamentares que já compõem a base do presidente. Dentro da estatal, a aposta é que pelo menos 8 vice-presidentes sejam substituídos por indicados do PP. Os atuais ocupantes dos cargos travam uma verdadeira corrida para se manterem nas vagas.

O nome de Gilberto Occhi, que havia sido adiantado pela coluna em julho, volta a ganhar força para assumir o comando do banco. O nome da diretora de administração e finanças do Sebrae, Margarete Coelho, que no último mês era tido como favorito, foi descartado.

Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.