A lista de ministérios que podem ter substituição no Governo Lula está aumentando. Conforme adiantado pela coluna, os comandos do Ministério do Desenvolvimento Social, Ministério dos Esportes e presidência da Caixa Econômica Federal foram os primeiros cargos a serem colocados na mesa de negociação após a aprovação da Reforma Tributária.
No entanto, o presidente Lula não quer abrir mão do Desenvolvimento Social, pasta responsável pelo Bolsa Família, um dos principais programas do governo. Para o Ministério dos Esportes há uma campanha pela permanência da ex-jogadora de vôlei Ana Moser. Além do argumento de valorização do Esporte, atletas, políticos e militantes afirmam que retirar mulheres do primeiro escalão desequilibra a composição do governo e fere o compromisso de campanha de Lula de montar um quadro com o máximo possível de mulheres; A questão de equidade de gênero também foi uma condição colocada pela ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB).
Para enfrentar a resistência em relação as pastas que já são alvo, o governo começa a cogitar outras possibilidades. Uma delas seria o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ocupado pelo vice-presidente da República Geraldo Alckmin, que tem dito a aliados que não gostaria de deixar o posto. O peesebista é um nome importante na interlocução com a direita e várias alas do setor produtivo. O ministério dos Portos e Aeroportos, comandando por Márcio França (PSB), também está na mira. A lógica do governo é cortar na própria carne para manter apoios já conquistados e angariar novos, levando para dentro do executivo partidos como PP e Republicanos. Nesse sentido, podem sofrer baixas dentro do escalão o PT, o PSB e ministérios ocupados por nomes que não são políticos e não estão na cota partidária.