O clima esquentou na primeira reunião entre o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), com o novo comando do PSD em Minas, que agora é presidido pelo deputado estadual Cássio Soares. No encontro, o deputado federal Luiz Fernando Faria (PSD) e vereadores cobraram do prefeito mais espaço para a legenda no governo municipal.
Fuad foi questionado sobre o motivo do grupo de Marcelo Aro (PP) ter três secretarias e o próprio partido do prefeito não ter nenhuma. O chefe do executivo municipal teria respondido que a distribuição das pastas foi uma estratégia para garantir a governabilidade, mas a resposta não convenceu. O peesedista disse, segundo presentes, que aquele não era o espaço para debater a questão e também cobrou participação do partido na gestão, dizendo que ninguém foi sentar com ele para discutir problemas da cidade. Na sequência, o prefeito, segundo uma das fontes da coluna, teria ameaçado deixar a sigla dizendo que se os pares não estavam satisfeitos poderiam liberá-lo da legenda.
No entanto, não só a permanência, como a candidatura de Fuad à reeleição foi defendida pelo presidente estadual do partido, deputado Cássio Soares. O parlamentar disse que o prefeito é “candidato natural” ao cargo e só não irá disputa-lo, caso não queira. Enquanto o dirigente defende o prefeito, um outro correligionário disse à coluna que se Fuad mantiver colegas de partido afastados, ele enfrentará resistência interna caso decida tentar a reeleição.
Apesar dos ânimos exaltados, outras fontes da coluna, que também estavam na reunião, disseram que o clima terminou ameno e que nada ultrapassou a normalidade de debates partidários. O ex-prefeito Alexandre Kalil, que também é filiado à legenda, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ex-presidente da sigla, não participaram do encontro. Além da reunião, na sede do partido, os correligionários gravaram peça partidária que será veiculada no final de junho.