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A corrida em busca de vice e o desafio para as alianças na disputa pela PBH

Apenas um dos candidatos anunciou o nome da dupla com quem vai compor nas eleições municipais

A corrida em busca de vice e o desafio para as alianças na disputa pela PBH

Um dos principais desafios em uma eleição pulverizada, com tantos candidatos quanto a corrida pela prefeitura de Belo Horizonte, é fazer alianças que garantam vices que tornem as chapas mais competitivas. Como os partidos maiores ou de maior visibilidade quase todos tem um cabeça de chapa, sobram poucas siglas para composição.

Esquerda

A esquerda conseguiu aglutinar pelo menos três candidaturas: a do deputado federal Rogério Correia (PT), pré-candidato do presidente Lula; e das deputadas estaduais Bella Gonçalves (PSOL) e Ana Paula Siqueira (Rede).

Direita

A direita segue sem unificação, apesar de algumas tentativas frustadas de uma coalizão. O deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) intensifica as articulações em busca de um vice e pode anunciar o nome na semana que vem. Caso não consiga convencer o ex-deputado João Leite (PSDB) a ser seu vice, em uma união de candidaturas evangélicas, o senador Carlos Viana (Podemos) já teria escolhido sua dupla, que é de um dos três partidos que estão com o Podemos, mas está aguardando para anunciá-la. O deputado estadual Bruno Engler (PL), candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também não anunciou aliança. A deputada federal Duda Salabert (PDT) está na mesma situação. E o prefeito de Belo Horizone, Fuad Noman (PSD), candidato à reeleição, provavelmente, terá um vice do União Brasil, mas o nome ainda não foi escolhido.

Incômodo

A ex-secretária de Planejamento de Zema, Luisa Barreto (Novo), mantém sua candidatura, mas a todo momento é cotada como vice de alguém, o que tem irritado a pré-candidata. A última informação de bastidor é que ela poderia compor chapa com o Tramonte, mas não há nada fechado sobre o a assunto

Único anunciado

O vereador Gabriel Azevedo (MDB), presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, saiu na frente e foi o primerio a anunciar seu vice, que é o ex-vice governador, Paulo Brant.

O que um vice precisa ter

Dentre as características procuradas em um vice está a capacidade de atrair um eleitorado que o cabeça de chapa não atrairia, ou seja, complementariede. Outra busca constante dos candidatos, majoritariamente homens, é pelo eleitorado feminino, pra isso muitos buscam uma vice mulher, o que faz de Luisa Barreto um alvo perfeito para muitos postulantes.

Ter um vice que seja um aliado, de fato, é outra desafio para o cabeça de chapa. Comumente, as alianças atendem a outros quesitos e os vices acabam rompendo, no meio do mandato. A título de exemplo, na PBH aconteceu entre o prefeito Márcio Lacerda (PSB) e o vice, Roberto Carvalho (PT) e entre Alexandre Kalil (PSD/ ex-PHS) e Paulo Lamac (Rede). Nas últimas gestões do Governo de Minas, aconteceu entre Fernando Pimentel (PT) e Toninho Andrade (MDB) e entre Romeu Zema (Novo) e Paulo Brant (PSB/ ex-Novo) . Em âmbito federal, um caso clássico é o da ex-presidente Dilma Rousseff e Michel Temer.

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.