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Brasil é 10º produtor mundial de tecnologia da informação

Macrossetor representa 6,6% do PIB e colabora com R$ 653,7 bilhões

País é o único da América do Sul na lista

Em termos de produção de tecnologia de informação e comunicação (TIC) e de telecomunicações, o Brasil ocupa a 10ª posição no mundo. Na América Latina, é o único país entre os 10 primeiros e representa 36,4% do mercado do segmento na região. O macrossetor representa 6,6% do Produto Interno Bruto (PIB) e colabora com R$ 653,7 bilhões.

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Globalmente, segundo a consultoria IDC, os EUA são os líderes. Em seguida, vêm China e Japão, em segundo e terceiro lugares, respectivamente. Os próximos são Reino Unido, Alemanha, França, Índia, Canadá, Austrália e Brasil.

O crescimento do setor de TIC em 2022 em relação a 2021 foi de 4,5% e a produção foi de R$ 306,2 bilhões. Desse total, 86% (R$ 263,8 bilhões) ficou no mercado interno, um crescimento de 2,1%. Os outros 14% (R$ 42,4 bilhões) foram exportados: 57% em software e serviços e 43% em hardware (componentes elétricos e eletrônicos, bem como produtos de informática e de telecomunicações).

O aumento nas exportações foi de 22,4%. A venda de software e serviços para o exterior acumulou R$ 24 bilhões, um crescimento de 36,4%. Em hardware, a expansão foi de 8% e o total arrecadado foi de R$ 18,4 bilhões. Já as importações no segmento cresceram 6,4% e atingiram R$ 187,7 bilhões. Boa parte delas ainda é referente a hardware (R$ 142 bilhões), mas o crescimento foi de apenas 0,3%. Em software e serviços, entretanto, as importações aumentaram 31,1% e chegaram a R$ 45,7%.

O macrossetor de TIC, que engloba TIC, tecnologia da informação dentro das empresas e telecomunicações, cresceu 6,9% ao ano nos últimos cinco anos. Com isso, já emprega formalmente 2,03 milhões de trabalhadores no país — isso representa 4% dos empregos nacionais. Apenas em 2022, foram 117.038 novas vagas no segmento.

A expectativa da Associação das Empresas de TIC e de Tecnologias Digitais (Brasscom) é que, entre 2023 e 2026, R$ 666,3 bilhões sejam investidos pelas empresas em transformação digital. A nuvem lidera o montante, com R$ 308,3 bilhões. Big data e analytics vêm em segundo lugar, com R$ 81,2 bilhões. A terceira colocada é a inteligência artificial, que deve receber R$ 69,1 bilhões.